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MSF diz que completou a documentação exigida por Israel para trabalhar em Gaza.
MADRID, 31 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo palestino condenou sem reservas a entrada em vigor da ordem de revogação emitida por Israel para a atividade da ONG em Gaza, uma medida "arbitrária" com o objetivo final de eliminar "testemunhas" que podem denunciar violações do direito internacional.
"Essas instituições fornecem assistência humanitária, de saúde e ambiental vital para o nosso povo, especialmente na Faixa de Gaza, em um momento em que o povo palestino está sofrendo genocídio e fome, que Israel tem usado como arma de guerra", disse o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina em um comunicado na quarta-feira.
"As ações de Israel, como potência ocupante ilegal, ao interromper o trabalho dessas organizações constituem pirataria, violência e medidas que violam as leis e normas internacionais", acrescentou.
A Autoridade Palestina observa ainda que "Israel não quer testemunhas de seus crimes" e que essa decisão é apenas mais uma parte de seu plano para destruir "áreas vitais", como "proteção infantil, saúde, educação, água, refugiados e outros setores humanitários fundamentais para a causa palestina".
A MSF INSISTE QUE CUMPRIU TODOS OS REQUISITOS
Em um comunicado divulgado na quarta-feira, Médicos Sem Fronteiras (MSF) protestou contra a revogação e disse que cumpriu todos os requisitos solicitados por Israel, que nunca forneceu "critérios claros ou garantias" sobre o assunto.
"A coordenadora de emergência de MSF, Claire San Filippo, diz que os relatórios que sugerem que MSF não cumpriu o processo de registro em Gaza são imprecisos. "Estamos totalmente envolvidos desde julho de 2025 e enviamos a maior parte das informações necessárias", disse ela.
MSF também rejeitou categoricamente as acusações israelenses de que mantém vínculos com grupos armados.
"MSF leva essas alegações muito a sério. Nós nunca contrataríamos conscientemente pessoas envolvidas em atividades militares. Fazer publicamente tais alegações sem provas coloca a equipe humanitária em risco e prejudica o trabalho médico crítico que está sendo feito", lamenta a organização.
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