MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O gabinete de Israel aprovou na sexta-feira uma proposta apresentada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e pelo ministro da Defesa, Israel Katz, para legalizar 19 assentamentos no norte da Cisjordânia, uma medida que foi duramente criticada pela Autoridade Palestina.
O chefe da Comissão Palestina de Resistência ao Muro e aos Assentamentos, Muayad Shaban, disse em um comunicado que essa decisão é "uma escalada perigosa que revela as verdadeiras intenções do governo de ocupação de consolidar o sistema de anexação, apartheid e judaização completa" da Palestina.
A medida, que faz parte de uma "política sistemática" para consolidar o "controle israelense permanente sobre as terras palestinas", representa "um desafio flagrante ao direito internacional e às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, especialmente a decisão 2334, que declara que os assentamentos são ilegais".
"O atual governo de ocupação está trabalhando de acordo com uma visão estratégica que visa acabar com a possibilidade de estabelecer um Estado palestino geograficamente contíguo, expandindo os assentamentos e ligando-os a redes de estradas coloniais e de segurança que servem apenas aos colonos", disse a agência do governo palestino.
Por sua vez, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) disse em um comunicado que a iniciativa "reflete a natureza extremista" do governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "que trata a terra palestina como espólio colonial e busca desesperadamente consolidar" o sistema de assentamentos para "obter o controle total da Cisjordânia".
O grupo disse que isso faz parte dos "planos claros" de Israel de "redesenhar a geografia palestina, isolar cidades e vilarejos uns dos outros e pressionar pelo deslocamento silencioso" da comunidade palestina como parte de seu projeto de "esvaziar a Cisjordânia".
A medida foi tomada depois que o parlamento israelense aprovou uma emenda removendo cláusulas que impediam a presença de colonos israelenses nos assentamentos de Ganim, Homesh, Kadim e Sa Nur, que foram evacuados há quase 18 anos. Os assentamentos aprovados incluem Ganim e Kadim.
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