MADRID 8 jun. (EUROPA PRESS) -
O Conselho de Ministros de Israel aprovou a implementação de uma moção para acelerar a possível demissão do procurador-geral do país, Gali Baharav-Miara, inimigo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no que o Gabinete do Procurador-Geral já condenou como um novo "ataque extremo" contra a legalidade democrática do país.
Especificamente, o governo aprovou uma proposta do ministro da Justiça, Yariv Levin, para acelerar significativamente o processo de demissão do procurador-geral, por meio de uma resolução governamental que daria a um comitê ministerial de cinco membros o poder de demitir o promotor sem a necessidade de consultar o comitê estatutário encarregado de contratar e demitir para o cargo.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não estava presente no debate antes da votação devido a um acordo de conflito de interesses que o impede de participar de qualquer processo que possa afetar seu julgamento criminal em andamento.
O procurador-geral adjunto de Israel, Gil Limon, denunciou imediatamente a proposta de resolução do governo como "uma expressão extrema de uma série de ações recentes destinadas a remover os limites e a supervisão do poder do governo", de acordo com uma declaração divulgada pela mídia israelense.
A moção é um novo episódio no confronto de longa data entre Netanyahu e a promotora, a quem ele acusa de empreender uma campanha de desestabilização contra o governo a fim de provocar sua queda, enquanto Baharav-Miara argumenta que ela está apenas fazendo seu trabalho diante dos esforços de Netanyahu para romper o equilíbrio de poder no país.
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