Trabalhadores do setor de transportes anunciam nova greve geral na segunda-feira
MADRID, 14 abr. (EUROPA PRESS) -
O governo peruano prorrogou o estado de emergência nas cidades de Lima e Callao por 30 dias para combater os altos índices de criminalidade dos últimos meses e proibiu os motoristas de motocicletas de viajarem com um passageiro, a fim de evitar os ataques armados característicos que já deixaram dezenas de pessoas mortas.
Os motoristas também não poderão usar nenhum "elemento ou acessório adicional" além do capacete que possa impedi-los de serem identificados, de acordo com o decreto ratificado pela presidente Dina Boluarte. A medida não afeta as forças de segurança ou outras autoridades, mas afeta os inúmeros serviços de mototáxi.
O governo insiste em estender o estado de emergência, apesar do fato de que a presença militar e a restrição de alguns direitos não impediram que a onda de crimes, que afeta principalmente os trabalhadores do transporte e os comerciantes, continuasse. De acordo com a polícia, os relatos de extorsão aumentaram no primeiro trimestre de 2025.
Nesta segunda-feira, organizações de transporte e sindicatos convocaram uma greve geral em todo o país, após as manifestações da semana passada em Lima, a capital, e Callao, as cidades mais afetadas pelo crime.
"Os assassinatos de motoristas continuam. Por esse motivo, estamos anunciando uma greve nacional em 14 de maio. Muitas associações nos deram seu apoio", anunciou o presidente da Associação de Trabalhadores do Transporte Nacional e Internacional (Asotrani), Walter Carrera Álvarez, ao jornal 'La República'.
Na semana passada, o Congresso decretou estado de emergência na força policial para poder intervir na instituição e fortalecer as capacidades dos policiais. A medida também prevê um plano de reestruturação que também afeta o Ministério do Interior, que em pouco mais de dois anos já teve sete titulares.
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