MADRID 16 mar. (EUROPA PRESS) -
A delegação do governo colombiano concordou em retomar o diálogo em abril próximo com a delegação do Comitê Coordenador do Exército Nacional Bolivariano, um grupo dissidente da Segunda Marquetalia de 'Ivan Marquez', após a controversa prisão de um dissidente das FARC que faz parte do processo de paz.
"A delegação do Governo Nacional e a delegação do EB Coordenador Nacional reafirmaram seu compromisso de reativar a mesa, continuar as conversações de paz, definir garantias para restaurar a confiança, contribuir para a transformação territorial e fortalecer a autonomia das comunidades", diz o comunicado.
As delegações propuseram realizar as conversações em 10 de abril, após uma série de reuniões realizadas em meados de fevereiro em Tumaco, Nariño, nas quais estiveram presentes representantes da Venezuela, como país garantidor, a missão de verificação da ONU e a Conferência Episcopal.
O documento - publicado nas redes sociais pela Consejería Comisionada de Paz - é assinado pelo negociador-chefe do governo, Armando Novoa, bem como pelo negociador-chefe da divisão da Segunda Marquetalia, José Vicente Lesmes, conhecido como "Walter Mendoza", e pelos países garantidores e entidades acompanhantes.
As conversações entre as partes estavam paralisadas desde a captura na capital, Bogotá, de Giovanni Andrés Rojas, vulgo "Araña", líder do grupo dissidente das FARC Comandos de la Frontera, que é objeto de um pedido de extradição dos Estados Unidos por tráfico de cocaína.
Sua prisão gerou tensões entre as partes sobre a questão de saber se ele estava sob a proteção presidencial da suspensão temporária de mandados de prisão para vários membros dos dissidentes, para que eles pudessem participar efetivamente das negociações.
O Ministério Público da Colômbia argumentou que essa medida não abrange as circulares vermelhas da Interpol. O dissidente, procurado por um tribunal do Distrito Sul da Califórnia por tráfico de drogas, foi libertado da prisão como parte dos acordos de paz de 2016.
Araña' é considerado o principal líder do 'Comandos de la Frontera', que opera principalmente nos departamentos de Putumayo, Caquetá e Amazonas, e que optou por se separar da também dissidente Segunda Marquetalia, de Luciano Marín Arango, vulgo 'Iván Márquez'.
Os Comandos de Frontera e a Coordinadora Guerrillera del Pacífico, duas facções guerrilheiras que faziam parte da Segunda Marquetalia, romperam com o líder dessa dissidência das FARC em novembro para negociar a paz com o governo colombiano.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático