MADRID 5 dez. (EUROPA PRESS) -
Delegações do governo colombiano e do grupo criminoso Clan del Golfo, também conhecido como Exército Gaitanista da Colômbia, concordaram nesta sexta-feira em uma reunião realizada em Doha, capital do Catar, em criar três zonas temporárias para a "localização progressiva" de combatentes a partir de março.
Especificamente, as partes concordaram em transferir combatentes do Clã do Golfo para as cidades de Belén de Bajirá e Unguía, localizadas no departamento colombiano de Chocó, bem como para a cidade de Tierralta, no departamento de Córdoba.
O documento - assinado pelo negociador-chefe do governo, Álvaro Jiménez Millán, e pelo representante do Clã do Golfo, Luis Armando Pérez - prevê a "suspensão", para os combatentes deslocados, "da execução de mandados de prisão, bem como daqueles para fins de extradição".
As partes também concordaram em realizar "ações humanitárias" concretas para determinar "as condições de saúde dos membros do grupo armado em centros penitenciários dentro e fora do país", de acordo com um comunicado da Presidência da Colômbia.
No âmbito do que foi acordado na sexta-feira sob os auspícios de um grupo de cinco países mediadores formado por Catar, Espanha, Noruega e Suíça, as partes estenderam o plano piloto para a substituição de cultivos ilícitos a outros dez municípios localizados nos departamentos de Córdoba, Antioquia e Bolívar.
Isso ocorre depois que as partes chegaram a uma série de compromissos em setembro que contemplavam essas ações de substituição de cultivos em pelo menos cinco localidades onde opera o maior cartel de drogas do país latino-americano.
"O acompanhamento, o monitoramento e a verificação dos compromissos serão de responsabilidade da Missão de Apoio ao Processo de Paz na Colômbia da Organização dos Estados Americanos (MAPP/OEA)", disse ele.
No texto assinado em Doha, tanto a delegação de negociação do governo colombiano quanto o representante do Clã do Golfo expressaram sua gratidão ao governo do Catar e aos países mediadores, incluindo a Espanha.
"Conclamamos a sociedade colombiana a reafirmar a construção da paz como um objetivo comum aos interesses de todos os colombianos, independentemente de ideologia, credo ou posição política", diz o documento.
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