MADRID 17 ago. (EUROPA PRESS) -
A ministra canadense do Trabalho, Patty Hajdu, anunciou uma arbitragem para pôr fim ao conflito trabalhista entre a companhia aérea Air Canada e os comissários de bordo liderados pelo Sindicato Canadense de Funcionários Públicos (SUPE) e interromper a greve que 10 mil trabalhadores iniciaram neste sábado e que obrigou a empresa a suspender todos os seus serviços.
A política canadense indicou que "ficou claro que essa disputa não será resolvida" na mesa de negociações onde trabalhadores e empregadores estão sentados há oito meses para negociar um novo acordo.
"Dessa forma, solicitei ao Conselho que auxiliasse as partes a chegar a um acordo sobre os termos pendentes de seu acordo coletivo, impondo uma arbitragem final e vinculante e estendendo os termos do acordo coletivo existente até que o árbitro determine um novo acordo", disse ela em um comunicado.
O governo tomou essa decisão para "garantir a paz trabalhista, proteger os canadenses e promover as condições necessárias para resolver a disputa", bem como para preservar a "estabilidade" e as "cadeias de suprimentos" em um "contexto econômico incerto".
"O enorme impacto de uma interrupção do trabalho em âmbito nacional dessa magnitude já está sendo sentido pelos canadenses e visitantes do nosso país. Esse impacto será significativamente agravado por uma disputa prolongada. Essa interrupção do trabalho em todo o país está impedindo a movimentação de passageiros e cargas essenciais", disse Patty Hajdu.
Após o início da greve no sábado, a Air Canada anunciou uma paralisação de trabalho que levou ao cancelamento de todos os negócios da companhia aérea devido à incapacidade de operar voos durante a greve. "Cerca de 130.000 clientes serão afetados a cada dia de greve. A Air Canada está atualmente empenhada em negociar a renovação de seu acordo coletivo de trabalho com a CUPE", disse a empresa.
Por sua vez, o sindicato CUPE garantiu que a decisão do "governo liberal" não garantirá "a paz trabalhista na Air Canada", mas agravará o conflito, e acusou o Executivo de "recompensar" a empresa "dando a ela exatamente o que ela queria".
"Os liberais estão violando nossos direitos constitucionais de tomar medidas trabalhistas e dando à Air Canada exatamente o que ela quer: horas e horas de trabalho não remunerado por comissários de bordo mal pagos, enquanto a empresa obtém lucros exorbitantes e remuneração extraordinária dos executivos", disse o porta-voz do sindicato, Wesley Lesosky.
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