Machado critica a comunidade internacional por levar "muitos anos" para reconhecer a "natureza" do governo de Maduro
MADRID, 10 jun. (EUROPA PRESS) -
O ex-candidato presidencial e líder da oposição venezuelana, Edmundo González, observou na terça-feira que "a Venezuela está passando por uma situação particularmente dramática" em termos de direitos humanos e, mais uma vez, pediu às "democracias do mundo" que exerçam cada vez mais pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.
"Precisamos que as organizações internacionais e as democracias do mundo reconheçam, condenem e penalizem os crimes e os crimes contra a humanidade que esse regime criminoso comete dentro e fora da Venezuela", pediu González durante seu discurso no Fórum Memória e Justiça, na sede do Parlamento Europeu em Madri.
González analisou a "atmosfera de terror" na Venezuela, especialmente após as eleições de 28 de julho do ano passado, quando os cidadãos expressaram "um mandato claro e soberano" nas urnas, que o governo de Maduro, segundo ele, está tentando ocultar com uma "terrível onda de repressão",
No entanto, o líder da oposição está confiante de que "a luta do povo venezuelano" "muito em breve dará frutos" e saúda o fato de que o "peso esmagador" das várias restrições do governo não conseguiu "distorcer" a imagem que os cidadãos têm do "regime criminoso que os oprime".
Também participou a líder da oposição, María Corina Machado, que, por meio de uma gravação, lembrou as "milhares" de pessoas que foram presas durante o último período eleitoral. "Desde 2014, houve mais de 18.000 prisões arbitrárias por motivos políticos (...) mais de 2.000 foram capturadas durante as eleições de 28 de junho", disse ela.
Machado também aproveitou a oportunidade para repreender a comunidade internacional por ter levado "muitos anos" para reconhecer a verdadeira natureza do governo presidido por Nicolás Maduro, que ela descreveu como uma "autocracia mafiosa" que comete "terrorismo de Estado".
"As fraudes eleitorais permitidas repetidas vezes pelo regime serviram para lavar o rosto diante do mundo", disse Machado, para quem os resultados de 28 de julho "desmantelaram" essa "farsa".
"Não há mais desculpas para reconhecer a verdade sobre a vontade soberana do povo venezuelano. Tampouco é possível, a esta altura, ignorar a verdadeira natureza do regime criminoso", enfatizou o líder da oposição.
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