Publicado 13/04/2025 01:37

Gonzalez denuncia as "ações desesperadas" de Noboa poucas horas antes do segundo turno da eleição presidencial

Archivo - 12 de outubro de 2023, Quayaquil, Equador: (INT) Encerramento da campanha da candidata presidencial do Equador, Luisa Gonzalez. 12 de outubro de 2023, Guayaquil, Equador: A candidata presidencial do Equador, Luisa Gonzalez, encerrou sua campanha
Europa Press/Contacto/Alejandro Baque - Archivo

MADRID 13 abr. (EUROPA PRESS) -

A candidata correista à Presidência do Equador, Luisa González, denunciou as "ações desesperadas" que o atual presidente, Daniel Noboa, "pretende implementar" - fruto do "medo" - a poucas horas do início do segundo turno das eleições presidenciais, em que ambos os candidatos estão em empate técnico.

"Fomos informados por membros da inteligência da Polícia Nacional e das Forças Armadas que, por meio de montagens e operações, eles estão semeando cédulas de votação em diferentes regiões do país", disse González em um vídeo publicado em sua conta no site de rede social X.

O candidato da Revolución Ciudadana (RC) disse que esses "falsos positivos" não buscam "construir" um ambiente fraudulento e pediu às forças de segurança do Estado que intervenham para preservar os valores da democracia.

"Faço um apelo às nossas Forças Armadas, à nossa Polícia Nacional, para que não se prestem a esse espetáculo que só desestabiliza e enfraquece ainda mais o pouco de democracia que nos resta. Sejam os garantidores da democracia, dos interesses e da segurança de nosso povo. Sejam os garantidores da paz", acrescentou.

Na mesma linha, o líder da oposição dirigiu-se à população equatoriana, pedindo-lhe que "seja vigilante diante dos abusos que (seu) país está sofrendo".

"Sr. Noboa, o senhor tem o medo, a esperança é nossa", concluiu ela.

Essas declarações foram feitas depois que o atual presidente emitiu um decreto executivo número 599 no sábado, declarando estado de emergência por 60 dias em seis províncias, incluindo Quito, poucas horas antes do início do segundo turno das eleições presidenciais programadas para domingo, 13 de abril.

Noboa enfrenta a candidata do "correismo", Luisa González, em um contexto em que a opinião pública está dividida entre os dois candidatos, depois que ambos obtiveram 44% dos votos no primeiro turno, separados por pouco mais de 16.000 votos a favor de Noboa.

Nos mais de dois meses entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, os candidatos se engajaram em uma intensa campanha eleitoral com questões de segurança, justiça social e economia em pauta, esta última ainda mais depois do anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 10% sobre os produtos equatorianos.

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