Azcón garante ao Conselho de Administração que sua campanha se concentrará em falar sobre os problemas do povo de Aragão e dizer "a verdade".
MADRID, 22 dez. (EUROPA PRESS) -
O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, e vários "barões" territoriais do partido concordaram nesta terça-feira em enfatizar que os resultados das eleições na Extremadura mostram que há uma "transferência" de votos do PSOE para o Vox. Por essa razão, eles apontaram que o chefe do Executivo, Pedro Sánchez, deve repensar sua estratégia baseada em "alimentar o medo" do Vox, porque esse partido agora encontrou "um novo pesqueiro no Partido Socialista".
O Vox foi uma das surpresas da noite eleitoral, passando de cinco para 11 cadeiras na Assembleia da Extremadura, superando em muito suas próprias expectativas. O líder desse partido, Santiago Abascal, disse que exigirá respeito aos seus eleitores, que "não serão invisibilizados" ou "traídos", sem chegar ao ponto de descartar a possibilidade de pedir ao Vox para entrar no governo da Extremadura.
Em seu discurso no Conselho Nacional de Diretores, Feijóo admitiu que a Vox "melhorou" seus resultados na Extremadura, mas ressaltou que o PP também melhorou, enfatizando que essa "melhoria" do partido de Abascal "não é à custa do Partido Popular".
Por essa razão, ele pediu ao PSOE de Pedro Sánchez que assumisse "o fracasso de sua história", porque "ao alimentar tanto medo da Vox para deter o PP, eles conseguiram fazer a Vox crescer e o PP crescer", exclamou.
Feijóo, que denunciou o "objetivo compartilhado" do PSOE e da Vox de "deter o PP", pediu ao partido de Abascal "responsabilidade e proporcionalidade" e "que não se confunda nunca mais com um adversário". "O adversário não é o PP", disse ele.
Mais tarde, em seu discurso a portas fechadas para o PP, Feijóo enfatizou essa análise, destacando que Sánchez e o PSOE queriam que o Vox crescesse às custas do PP, mas, no final, foi o Partido Socialista que tirou votos dele, de acordo com fontes "populares".
"O VOX ESTÁ COMENDO O PSOE".
Outros "barões" do PP - que enfatizaram o "sucesso indiscutível" de Guardiola em um feudo tradicional do PSOE - também apontaram em particular que os resultados na Extremadura confirmam uma "transferência" do PSOE para o Vox, nas palavras de um presidente do PP. Nada de novo no horizonte, exceto que o Vox está comendo o PSOE", acrescentou outro "barão" regional.
"Em toda a Europa, os partidos de direita, como o PP, estão caindo e nós, na Extremadura, obtivemos um resultado espetacular", resumiu um dos presidentes do partido, sem usar o microfone, em sua chegada a Gênova, enfatizando que a soma do PP e do Vox chegou a 60% dos votos. Sessenta por cento dos eleitores de centro-direita na Extremadura não são fascistas nem ultras", exclamou outro funcionário "popular".
MORENO ADMITE QUE ESTÁ "PREOCUPADO" COM A ASCENSÃO DO VOX
Alguns dos "barões" que realizarão eleições em 2026 se manifestaram em sua chegada ao Conselho de Administração, como o andaluz Juanma Moreno, que admitiu estar "preocupado" com a "tendência de crescimento" do Vox, mas está confiante em obter uma "maioria suficiente" nas eleições andaluzas de junho de 2026, antes das quais ele previu um "novo revés" para o PSOE.
De acordo com Moreno, enquanto Pedro Sánchez for o presidente do governo, o Vox "continuará a crescer" porque "se alimenta do sanchezismo" e "só começará a cair quando entrar nos governos" e "começar a se desgastar".
Além disso, ele indicou que o PSOE deveria fazer uma "reflexão crítica", porque esse partido "já não recebe votos apenas do PP, mas encontrou um novo pesqueiro no Partido Socialista". "Ele engordou o Vox por muitos anos e agora eles são justamente as vítimas do Vox", enfatizou.
AZCÓN: O VOX CONTINUA A SER "UMA MINORIA".
O presidente de Aragão, Jorge Azcón, que enfrentará eleições em 8 de fevereiro, disse que a Vox está crescendo "mas ainda é uma minoria". "Ele pode decidir se continua a bloquear ou a ajudar os governos do PP que querem mudar a Extremadura, que querem mudar Aragão e que querem mudar o governo da Espanha", advertiu.
Azcón também disse que é "impossível" chegar a um acordo com o PSOE. "O PP não tem nada a ver com o partido sanchista", acrescentou, e previu que o presidente do governo, Pedro Sánchez, levará o PSOE a uma refundação: "Ou o PSOE se refundará ou o PSOE desaparecerá".
Posteriormente, a portas fechadas diante do Conselho de Administração, Azcón destacou que fará uma campanha semelhante à de María Guardiola na Extremadura, pois quer se concentrar nos problemas do povo de Aragão.
"Minha campanha será sobre dizer a verdade", revelou ele à equipe sênior do PP, de acordo com fontes do partido. Além disso, durante essa reunião, ele pediu a ajuda de seus colegas de partido e disse que sua campanha já está começando neste Natal, percorrendo os vilarejos de Aragão.
GUARDIOLA LEMBRA QUE O PP TEM MAIS DO QUE O PSOE E O VOX JUNTOS
María Guardiola também falou na reunião do Conselho Diretor, agradecendo o apoio recebido e enfatizando que o PP é mais do que o PSOE e o Vox juntos, que são a segunda e a terceira maiores forças, de acordo com fontes presentes na reunião.
Guardiola foi recebida com uma salva de palmas em sua chegada à sede nacional do PP, onde Feijóo e outras autoridades do partido a aguardavam. Em declarações anteriores à mídia, ela disse que o PP da Extremadura havia "vencido de forma retumbante" e disse que pediria aos partidos "responsabilidade" e uma "leitura sensata" dos resultados porque a região "precisa de estabilidade" e de um "governo forte".
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