MADRID 9 jun. (EUROPA PRESS) -
O Chega, partido de extrema-direita de Portugal, anunciou nesta segunda-feira que pedirá ao governo que suspenda temporariamente o direito ao reagrupamento familiar dos imigrantes, previsto em suas próprias leis, para evitar que o país se torne "um ímã de imigração".
"Temos centenas de milhares de pessoas que ainda não regularizaram sua situação, nem sequer conseguimos expulsar aqueles que foram notificados, vamos deixar mais pessoas entrarem?", perguntou André Ventura, líder do partido que ficou em segundo lugar nas últimas eleições.
Ventura anunciou as intenções de seu partido do lado de fora das portas da igreja evangélica na cidade de Loures, na área metropolitana de Lisboa, onde na semana passada a polícia descobriu que ela também havia sido usada para abrigar ilegalmente dezenas de imigrantes em situação legal.
O líder da extrema direita disse que essas políticas de reunificação familiar "são insustentáveis" e um "ímã para a imigração". "Não vamos regularizar meio milhão e vamos deixar entrar outro meio milhão?", perguntou Ventura novamente, que, no entanto, deixou a porta aberta para as pessoas que vêm "de conflitos visíveis", como a Ucrânia.
"Uma coisa é para aqueles que vêm de conflitos visíveis e compreensíveis, como no caso da Ucrânia (...) ou mulheres que vêm do Afeganistão. Nada disso acontece aqui, não são as mulheres do Afeganistão que estão (...) no centro de Lisboa", disse, segundo a agência Lusa.
"A partir de agora ninguém deve ter acesso ao reagrupamento familiar", disse Ventura, dias depois de as autoridades migratórias terem previsto um aumento destes pedidos após milhares de estrangeiros terem regularizado a sua situação.
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