Bogotá diz que pode recorrer "aos tribunais de Haia".
MADRID, 7 ago. (EUROPA PRESS) -
O exército peruano viajou para a ilha de Santa Rosa de Yavari, localizada na região peruana de Loreto, no rio Amazonas, na quarta-feira, para colocar bandeiras peruanas e manter presença em um território que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou Lima de "copiar".
Membros das Forças Armadas peruanas viajaram de barco até o quartel de Santa Rosa, juntamente com representantes de várias instituições peruanas, e lá colocaram bandeiras em vários lugares da ilha para reforçar a presença do Estado no local, de acordo com o jornal peruano 'La República'.
Essa informação foi divulgada horas depois que o ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, disse à estação de rádio W Radio que seu governo poderia recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ), reforçando a acusação feita por Petro na segunda-feira.
"Como isso já está indo mal e as coisas estão ficando feias, poderíamos ir a Haia", disse ele, argumentando que "o Peru pulou várias instâncias diplomáticas para resolver as coisas de forma amigável, eles delimitam a fronteira sem ter ido à comissão binacional que foi criada para estabelecer a fronteira em caso de um problema".
Ele também explicou que o motivo da Colômbia nessa disputa é que Lima "aprovou uma lei na qual se apropria da ilha de Santa Rosa". "O problema com essa ilha é que o braço do rio onde se pode navegar, o mais importante, está do outro lado da ilha e (...) se eles se apossarem da ilha, o outro lado ficaria cheio de sedimentos para a Colômbia", apontou.
Dessa forma, a cidade ribeirinha de Letícia, localizada na fronteira dupla com o Peru e o Brasil e às margens do Amazonas, "não teria porto nem saída para o rio, porque a navegabilidade seria perdida nesse setor", destacou.
No início desta semana, o presidente Petro acusou o Peru de "tomar um território que pertence à Colômbia", uma declaração após a qual o Ministério das Relações Exteriores do país vizinho expressou "seu mais forte e enérgico protesto", defendendo a criação, em meados de junho, "de um novo distrito de Santa Rosa no uso dos poderes e atribuições conferidos pela Constituição".
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