MADRID 16 abr. (EUROPA PRESS) -
A ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia (2011-2016) pediu asilo político às autoridades brasileiras nesta terça-feira, depois que ela e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a quinze anos de prisão por lavagem de dinheiro em detrimento do Estado no caso do financiamento ilegal do Partido Nacionalista Peruano durante as campanhas eleitorais de 2006 e 2011.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru informou, por meio de um comunicado, que Heredia deu entrada nesta manhã na sede da Embaixada do Brasil em Lima, onde "solicitou asilo a esse país, de acordo com as disposições da Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual Peru e Brasil são partes". "Ambos os governos estão em permanente comunicação sobre esta situação", destacou a pasta diplomática.
Humala foi detido após a leitura da decisão. No entanto, Heredia não estava presente na audiência e sua equipe jurídica informou que ela havia sido submetida a uma operação da qual estava se recuperando. Após a decisão, o tribunal ordenou a prisão da ex-primeira-dama, e agentes da Divisão de Polícia Judiciária foram à sua casa, mas não a encontraram, de acordo com a estação de rádio RPP.
O magistrado da Suprema Corte, Nayko Coronado, havia horas antes condenado o casal a 15 anos de prisão, declarando que eles haviam cometido o crime de lavagem de dinheiro agravado pela contribuição irregular de fundos do regime do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez. O irmão de Heredia, cujo paradeiro é desconhecido, foi condenado a 12 anos.
Todas as sentenças devem ser reduzidas pelo tempo que os condenados passaram em prisão preventiva. No caso de Humala e Heredia, esse período foi de apenas nove meses, o que significa que eles terão que cumprir suas sentenças até o final de julho de 2039. Quatro outros réus também foram condenados no caso e sentenciados a penas de prisão que variam de quatro a oito anos.
Além disso, o tribunal superior impôs uma multa de 53.500 soles (mais de 12.000 euros) ao Partido Nacionalista Peruano por "ter sido instrumentalizado", enquanto o casal deverá pagar uma reparação civil conjunta de cerca de dez milhões de soles (mais de 2,36 bilhões de euros) em favor do Estado peruano.
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