Publicado 10/12/2025 02:48

O ex-presidente Zelaya diz que Nasralla venceu as eleições hondurenhas "ato por ato".

Archivo - Arquivo - 27 de janeiro de 2022, Tegucigalpa, Morozan, Honduras: Mel Zelaya, ex-presidente e marido de Xiomara Castro, chega à Igreja de Suyapa para rezar antes da posse presidencial de Castro. Xiomara Castro foi empossada como a primeira mulher
Europa Press/Contacto/Seth Sidney Berry - Arquivo

Solicita uma mobilização em Tegucigalpa, enquanto o presidente do CNE pede proteção ao chefe do Estado-Maior.

MADRID, 10 dez. (EUROPA PRESS) -

O ex-presidente de Honduras e coordenador do partido governista Liberdade e Refundação (LIBRE), Manuel Zelaya, disse na terça-feira que, de acordo com a apuração de seu partido, o vencedor da eleição presidencial é Salvador Nasralla, candidato do Partido Liberal (PL) que denunciou "fraude" nas eleições realizadas em 30 de novembro.

"Consultei nosso candidato, Rixi Moncada, para dar essa informação porque, de acordo com nossa própria contagem nacional dos resultados presidenciais, voto a voto, quem ganha a presidência é Salvador Alejandro César Nasralla Salum", disse ele em sua conta na rede social X, onde assegurou que "a LIBRE sempre garantirá a defesa da verdade e a vontade soberana do povo hondurenho".

Zelaya denunciou o que descreveu como "terrorismo eleitoral" atribuído a um sistema eleitoral TREP (Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares) que é "manipulado", alegando "os 26 áudios que revelam o golpe eleitoral em andamento".

Vale lembrar que a Procuradoria Geral de Honduras divulgou uma série de áudios entre o líder do Partido Nacional no Congresso, Tomás Zambrano, e a assessora do Partido Nacional no Conselho Eleitoral (CNE), Cossette López, nos quais eles supostamente revelaram um plano para boicotar as eleições.

"Denunciamos com firmeza: não aceitamos e, por causa dessas manobras sujas, exigimos que as eleições sejam nulas e sem efeito (...) Não ao golpe eleitoral, não à fraude", declarou Zelaya, depois de acusar o presidente dos EUA, Donald Trump, de interferir na política interna hondurenha.

O político lembrou o perdão concedido pelo ocupante da Casa Branca ao ex-presidente condenado por tráfico de drogas, Juan Orlando Hernández, "durante o período de silêncio eleitoral, nas 72 horas anteriores às eleições".

Além disso, ele denunciou "a coerção e as ameaças enviadas em 3,6 milhões de mensagens para os telefones dos eleitores que recebem remessas dos Estados Unidos", considerando que, juntamente com "a extorsão comprovada pelas gangues, alterou brutalmente a intenção de voto, o que claramente favoreceu o candidato Rixi Moncada", que ficou em terceiro lugar, com 19,30% dos votos.

Horas antes, Zelaya havia convocado uma mobilização em Tegucigalpa e Comayaguela, uma cidade próxima à capital hondurenha, denunciando na mesma plataforma que o código-fonte do TREP havia sido violado e que um golpe eleitoral estava em andamento". "Exigimos a prisão dos infratores e de seus beneficiários", acrescentou.

Em resposta a esse apelo, a presidente do CNE, Ana Paola Hall, "solicitou ao chefe do Estado-Maior Conjunto, em conformidade com seu mandato constitucional, que proteja urgentemente a equipe do CNE, o material eleitoral (...) e as instalações mencionadas".

De acordo com a última contagem divulgada pelo órgão eleitoral, o candidato do Partido Nacional apoiado por Trump, Nasry Asfura, lidera as eleições com 40,52% dos votos, enquanto Nasralla tem 39,48% dos votos. A contagem de votos foi interrompida várias vezes nos últimos três dias.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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