Ele considera o processo judicial uma "armadilha" dos autores da denúncia para colocá-lo na cadeia.
MADRID, 9 maio (EUROPA PRESS) -
O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) depôs nesta quinta-feira no julgamento que enfrenta pelos crimes de suborno de testemunhas em processos penais e fraude processual, em uma audiência na qual pediu uma investigação sobre o papel das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na origem desse julgamento.
"Uma coisa que precisa ser investigada é até que ponto as FARC estiveram envolvidas nessa armadilha. Eu me sentiria muito mal se não dissesse isso", disse o ex-presidente no tribunal em declarações relatadas pela estação de rádio colombiana W Radio.
O caso começou em 2012, quando o ex-presidente denunciou o senador Iván Cepeda, alegando que ele havia viajado pelas prisões do país para apresentar falsos testemunhos contra ele sobre o surgimento do paramilitarismo na região de Antioquia.
No entanto, após a produção de provas, várias versões sugeriram que os advogados do ex-presidente tentaram manipular as testemunhas para que apontassem o dedo para Cepeda, de modo que este último passou de acusado a vítima, em contraste com Uribe, o autor da denúncia, que se tornou investigado.
Nesse sentido, ele está atualmente sob investigação pelas visitas feitas por seu advogado Diego Cadena a paramilitares na prisão, como Juan Guillermo Monsalve e sua ex-companheira Deyanira Gómez, que gravou um desses encontros com um relógio.
Em sua declaração, Uribe afirmou que tanto ele quanto seu advogado foram vítimas de uma "armadilha" por parte dos autores da ação, que só aceitaram a visita à prisão para fazer a gravação, acrescentando que a acusação tem um "fator político".
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