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MADRID 31 dez. (EUROPA PRESS) -
As autoridades bolivianas libertaram o ex-ministro do governo e candidato presidencial do Movimento ao Socialismo (MAS) nas últimas eleições, Eduardo del Castillo, depois de prendê-lo horas antes, quando ele estava prestes a pegar um voo internacional em um aeroporto em Santa Cruz.
"Fui privado de forma ilegal e indevida. O próprio Ministério Público corroborou em uma audiência que eu não me opus ao trabalho da polícia", disse Del Castillo, que havia sido preso junto com seu cunhado por obstruir a polícia, de acordo com o jornal boliviano 'El Deber'.
O Ministério Público decidiu não acusar o ex-ministro por esse motivo, uma situação que levou a juíza de investigação criminal de Warnes, Rosario del Carmen Egües, a ordenar a libertação dos dois homens.
Del Castillo explicou em sua intervenção perante a juíza que o objetivo de sua viagem era levar sua filha mais nova, diagnosticada com autismo, para uma avaliação neurológica em Santiago do Chile, para onde pretendia viajar com sua esposa, seu cunhado, suas duas filhas e a psicopedagoga da criança.
No entanto, o ex-ministro denunciou atrasos irregulares nos controles de imigração e garantiu que, mesmo com passaportes e cartões de embarque carimbados, um capitão da polícia o advertiu de que "eles procurariam qualquer desculpa" para impedir sua partida.
Nesse contexto, seu advogado processou as autoridades policiais de Santa Cruz pelo que descreveu como um "ataque", denunciando a perseguição política de seu cliente e as violações dos direitos de sua família.
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