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MADRID 5 dez. (EUROPA PRESS) -
A Suprema Corte da Colômbia condenou na quinta-feira o ex-diretor da Polícia Nacional, o general aposentado Rodolfo Palomino, a sete anos e um dia de prisão e o desqualificou por um período de nove anos após considerá-lo culpado do crime de tráfico de influência.
Palomino, que já anunciou que recorrerá da sentença, também foi condenado a pagar uma multa correspondente a 174,9976 salários mínimos mensais vigentes na Colômbia, o que equivale a quase 250 milhões de pesos (mais de 56.259 euros).
O tribunal, que se recusou a condená-lo à prisão domiciliar, decidiu dessa forma depois de considerar provado que, em 2014, o general pediu à promotora especializada Sonia Velásquez para suspender o mandado de prisão contra o empresário Luis Gallo, conforme relatado pela estação de rádio Caracol, no contexto de uma operação contra uma dúzia de outras pessoas envolvidas na desapropriação de terras em Tulapas no final da década de 1990, na qual os paramilitares de Castaño também estariam envolvidos em Córdoba, no norte do país.
O tribunal considerou que Palomino, que visitou a casa da magistrada na ocasião, pressionou-a e intimidou-a a ponto de Velásquez acabar liberando o empresário "sem corroborar as provas, prejudicando assim a função judicial, que deve ser imparcial".
O órgão ressaltou que o general, que chefiou a Polícia Nacional da Colômbia entre 2013 e 2014, estava ciente da ilegalidade de sua conduta, ao mesmo tempo em que enfatizou que os agentes sob sua autoridade "esperam que seu comandante máximo aja com decoro, limpeza e transparência". "O que ele deveria ter feito era colaborar com o oficial de justiça e não se colocar à margem da Constituição e da lei em benefício de interesses mesquinhos, para tentar impedir que a prisão fosse efetuada", acrescentou.
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