Tesouro dos EUA sanciona cidadão indiano e quatro empresas cujos navios operam como "frota fantasma" do Irã
MADRID, 11 abr. (EUROPA PRESS) -
O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta quinta-feira sanções contra um operador com sede na China, que supostamente importou pelo menos 13 milhões de barris de petróleo do Irã, e três outras entidades de gestão de navios por transportar mais de 40 milhões de barris de petróleo bruto iraniano.
A porta-voz diplomática dos EUA, Tammy Bruce, fez o anúncio em um comunicado no qual defendeu essa medida como "pressão máxima para impedir" que o governo iraniano "obtenha armas nucleares e para combater a influência maligna do regime".
O governo americano sancionou assim uma empresa de "armazenamento de produtos petrolíferos" que opera na ilha chinesa de Huangzeshan, em Zhoushan, acusada de ter importado "pelo menos 13 barris de petróleo bruto iraniano" entre 2021 e 2025. A refinaria, identificada como "Guangsha Zhoushan Energy Group Co. Ltd", recebeu pelo menos oito remessas do produto nesse período.
"Essa conduta continua a facilitar a capacidade do Irã de financiar sua escalada nuclear, apoiar grupos terroristas e interromper o fluxo de comércio e a liberdade de navegação em hidrovias cruciais para a prosperidade global e o crescimento econômico", disse ele, observando o "complexo de refinaria significativo baseado em" o gigante asiático e seu "papel" na compra e processamento do petróleo bruto iraniano.
Para o mesmo fim, três outras entidades de gerenciamento de navios - duas delas com navios já designados pelos EUA - foram sancionadas "por seu envolvimento no transporte de petróleo iraniano".
"As exportações de petróleo do Irã são possíveis graças a uma rede de facilitadores de transporte ilícito em várias jurisdições que, por meio de fraude, carregam e transportam petróleo iraniano para venda a compradores na Ásia", disse o departamento.
Assim, as empresas identificadas pelo portfólio como 'Marziya' e 'Phoenix' são acusadas de terem carregado "aproximadamente 22 milhões de barris de petróleo bruto entre onze portos de escala na Ilha Kharg, no Irã", em um período entre 2022 e 2024 em que "operaram regularmente em atividade oculta". Já a terceira entidade, a 'Valiant', transportou entre janeiro de 2022 e janeiro de 2025 "mais de 20 milhões de barris de petróleo" carregados das ilhas Kharg, Lavan e Sirri, localizadas no Golfo Pérsico.
Bruce destacou essas medidas como parte do "compromisso" do presidente dos EUA, Donald Trump, de "reduzir a zero as exportações de petróleo do Irã, especialmente" as vendas para a China, e garantiu que elas limitarão a capacidade de Teerã de "financiar suas atividades desestabilizadoras" no Oriente Médio.
Enquanto isso, o Departamento do Tesouro designou um cidadão indiano residente nos Emirados Árabes Unidos (EAU) por ser proprietário de "várias empresas de navegação com uma frota de quase 30 embarcações, muitas das quais operam como parte da 'frota fantasma' do Irã".
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) da agência também anunciou sanções contra quatro entidades - duas sediadas nos Emirados Árabes Unidos e duas na Índia - que operam as embarcações do empresário indiano, acusado de transportar petróleo bruto em nome da National Iranian Oil Company (NIOC) e dos militares iranianos "por milhões de dólares".
"O regime iraniano conta com sua rede de transportadores e corretores inescrupulosos para facilitar suas vendas de petróleo e financiar suas atividades desestabilizadoras", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacando os esforços dos EUA para "interromper todos os aspectos das exportações de petróleo do Irã, particularmente aqueles que buscam lucrar com esse comércio".
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