MADRID, 13 nov. (EUROPA PRESS) -
As autoridades norte-americanas anunciaram na quarta-feira sanções contra cinco indivíduos e três entidades sediadas na Birmânia e na Tailândia, alegando seu envolvimento em fraudes na Internet, alertando que as redes criminosas no sudeste da Ásia sozinhas causaram perdas de pelo menos 10 bilhões de dólares (mais de 8,6 bilhões de euros) entre os usuários dos EUA em 2024.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro disse que o Exército Democrático Karen Benevolente (DKBA) - um grupo insurgente birmanês - e quatro de seus altos funcionários foram sancionados por "apoiar centros de golpes cibernéticos na Birmânia que visam os americanos por meio de esquemas de investimento fraudulentos".
"Essas mesmas redes traficam pessoas e ajudam a alimentar a brutal guerra civil da Birmânia. O governo continuará a usar todos os recursos à sua disposição para perseguir esses criminosos cibernéticos, onde quer que eles operem, e para proteger as famílias americanas de sua exploração", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, John Hurley, em um comunicado.
A agência também impôs essas medidas a um cidadão tailandês e a duas empresas tailandesas por "vínculos com o crime organizado chinês", acusando-os de terem "colaborado com o DKBA e outros grupos armados para desenvolver esses centros de fraude". "A renda gerada pelos trabalhadores desses centros - que muitas vezes são vítimas de tráfico humano - financia o crime organizado e permite que o DKBA continue a financiar suas atividades criminosas", afirmou.
O Tesouro enquadrou as sanções como parte de sua preocupação com o número crescente de golpes direcionados a cidadãos norte-americanos do sudeste asiático, orientando seus agentes e promotores a prestar atenção especial à Birmânia, ao Camboja e ao Laos em suas investigações sobre essas redes criminosas. O governo dos EUA estimou que as perdas decorrentes de golpes originados nessa região chegaram a pelo menos US$ 10 bilhões em 2024, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.
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