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Eduardo Bolsonaro lamenta decisão do governo Trump
MADRID, 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo dos Estados Unidos retirou na sexta-feira de sua "lista negra" o juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes, que investiga o caso de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo qual já começou a cumprir uma pena de 27 anos de prisão em um centro de detenção em Brasília.
O governo Trump justificou a inclusão do juiz em sua lista de sanções em julho como uma "caça às bruxas" no caso contra Bolsonaro, com base na Lei Magnitsky, pela qual os Estados Unidos se declaram habilitados a processar unilateralmente cidadãos estrangeiros com base em suas próprias suspeitas de que estejam cometendo atos de corrupção ou contra os direitos fundamentais de outros.
Na ocasião, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos não explicou por que decidiu retirá-lo da lista, que também inclui sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e uma empresa financeira familiar, da qual o juiz não faz parte, mas seus filhos.
A retirada de Moraes dessa lista faz parte da melhora nas relações entre os Estados Unidos e o Brasil após as reuniões satisfatórias que Luiz Inácio Lula da Silva manteve nos últimos meses com Trump, que também eliminou grande parte das tarifas que impôs às exportações brasileiras.
Por outro lado, a família Bolsonaro recebeu essa decisão com "pesar". Eduardo, um dos filhos do ex-presidente com processos pendentes no Brasil e atualmente foragido nos Estados Unidos, lamentou em X essa mudança de postura de Trump, embora tenha evitado criticá-lo diretamente.
"Agradecemos o apoio de Trump durante todo esse processo e a atenção que ele deu à grave crise de liberdades que afeta o Brasil (...) Esperamos sinceramente que a decisão de Trump seja bem-sucedida na defesa dos interesses estratégicos do povo americano", escreveu.
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