HAIA (HOLANDA), 30 (DPA/EP)
As autoridades dos Estados Unidos justificaram nesta quarta-feira, perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o bloqueio de Israel à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde continua uma ofensiva militar que já deixou mais de 52.400 palestinos mortos.
Joshua Simmons, representante do Departamento de Estado dos EUA, disse ao tribunal que Israel tem "interesses legítimos de segurança" e explicou que os EUA "apóiam o fluxo de ajuda", desde que com "salvaguardas" para "evitar que seja usada por uma organização terrorista", uma clara referência ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Assim, o país defendeu a posição de Israel durante a audiência no tribunal, apesar de ter sido criticado internacionalmente, especialmente devido à crise humanitária "devastadora" no enclave palestino.
Espera-se que o tribunal dê sua opinião sobre se Israel tem ou não obrigações legais de "garantir e facilitar" o fornecimento dessa assistência urgente à área. Isso inclui a proibição por parte de Israel das atividades da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo).
Desde 2 de março, o governo israelense tem bloqueado a entrega de ajuda aos cerca de 2,1 milhões de residentes da Faixa, sob o pretexto de impedir que o Hamas se apodere de bens e os venda aos residentes a preços altos para obter financiamento.
As autoridades israelenses enfatizaram que essa assistência chegará ao seu destino assim que os reféns capturados pelo grupo armado palestino durante os ataques de 7 de outubro de 2023 em solo israelense, nos quais 1.200 pessoas foram mortas, forem libertados.
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