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MADRID, 3 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo dos Estados Unidos indicou que os testes nucleares autorizados pelo presidente do país, Donald Trump, não incluirão "explosões nucleares" e especificou que serão limitados a "testes de sistemas", após uma onda de críticas internacionais às palavras do ocupante da Casa Branca.
"Acho que os testes de que estamos falando agora são testes de sistema", disse o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, em uma entrevista à Fox News. "Não se trata de explosões nucleares. São o que chamamos de explosões não críticas", disse ele.
Wright, cujo departamento é responsável por esses testes, enfatizou que "o que está sendo testado são todas as partes de uma arma nuclear para garantir que elas tenham a geometria adequada e que possam desencadear uma explosão nuclear".
Trump revelou na semana passada que havia dado "instruções" para que o Pentágono iniciasse esses testes nucleares "por causa dos programas de testes de outros países", após o que insistiu em uma entrevista à rede de televisão CBS, publicada nas últimas horas, que a Rússia e a China estão realizando "testes nucleares" em segredo.
O presidente argumentou que sua decisão decorre do fato de que "a Rússia anunciou que iria realizar um teste". "A Coreia do Norte está constantemente fazendo testes. Outros países fazem testes. Nós somos o único país que não testa e eu não quero ser o único país que não testa", disse ele, apesar do fato de que somente Pyongyang realizou tais testes nas últimas décadas.
"A Rússia está testando (armas nucleares) e a China também, mas eles não falam sobre isso. Somos uma sociedade aberta. Somos diferentes. Nós falamos sobre isso. Temos que falar sobre isso, caso contrário, vocês (jornalistas) fariam reportagens sobre isso. Eles não têm jornalistas que escreveriam sobre isso, mas nós temos.
Trump citou repetidamente os últimos testes de armamentos da Rússia, que incluíram o lançamento do míssil "Burevestnik" e do supertorpedo "Poseidon" de propulsão nuclear, embora o Kremlin tenha lembrado que eles não equivalem a testes nucleares, pois não carregam ogivas nucleares ou têm explosões nucleares.
Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA em agosto disse que o país poderia realizar testes de armas nucleares dentro de 24 a 36 meses após a ordem do presidente, de acordo com a rede de televisão americana CNN. Nem os EUA, nem a Rússia, nem a China realizaram testes nucleares desde 1996, quando Pequim o fez. Moscou o fez em 1990 e os EUA em 1992.
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