MADRID 6 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança um projeto de resolução que "autoriza" o estabelecimento de uma força internacional na Faixa de Gaza, um dos pontos incluídos no plano apresentado pelo chefe da Casa Branca, Donald Trump, para o futuro do enclave palestino e assinado em outubro em Sharm el Sheikh, no Egito.
"A resolução dá as boas-vindas ao Conselho de Paz e autoriza a Força Internacional de Estabilização delineada no plano de paz de 20 pontos do presidente Trump para Gaza. Isso inclui a continuação da ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns, abrindo caminho para uma Gaza mais segura e próspera", disse a Missão dos EUA nas Nações Unidas em um comunicado, no qual garantiu que Washington "obterá resultados de volta" no órgão multilateral, e não "conversas intermináveis".
A legação de Washington atribuiu esse resultado à liderança "ousada" do presidente dos EUA: "As partes aproveitaram essa oportunidade histórica para finalmente encerrar décadas de derramamento de sangue e concretizar a visão do presidente de uma paz duradoura no Oriente Médio".
Os Estados Unidos tornaram público esse apoio depois que seu representante permanente nas Nações Unidas, Mike Waltz, realizou uma reunião com seus colegas dos dez países que são membros do Conselho de Segurança em caráter temporário este ano: Argélia, Dinamarca, Grécia, Guiana, Paquistão, Panamá, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Somália.
Na mesma nota, ele também saudou o fato de que "os principais parceiros regionais apoiam a resolução do Conselho de Segurança" sobre o enclave palestino após uma reunião que também contou com a presença de representantes do Egito, Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos, embora ele não tenha mencionado uma data para a votação.
Waltz descreveu a reunião como "histórica" em sua conta na mídia social X, onde se vangloriou do "forte" apoio dos últimos países e reiterou que "tudo isso está acontecendo devido à forte liderança do presidente, que uniu as nações, trouxe os reféns para casa e criou uma paz real no Oriente Médio".
O plano de Trump inclui um cessar-fogo, embora os ataques do exército israelense à Faixa de Gaza tenham matado mais de 200 palestinos desde então, de acordo com relatos das autoridades de Gaza.
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