Publicado 06/06/2025 13:57

A Espanha rejeita a "interferência" dos EUA no TPI e lamenta as sanções contra quatro juízes

O Ministro das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, durante uma coletiva de imprensa após uma reunião com o Ministro Federal das Relações Exteriores da Alemanha, no Palácio de Viana, em 26 de maio de 2025, em Madri (Espan
Gustavo Valiente - Europa Press

MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -

O governo lamentou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos tenha imposto sanções a quatro juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI), embora rejeite "qualquer tipo de interferência em seu trabalho".

O escritório chefiado por Marco Rubio anunciou essas últimas sanções na quinta-feira, tendo como alvo a ugandense Solomi Blungi Bossa, a peruana Luz del Carmen Ibáñez, a beninense Reine Alapini Gansou e a eslovena Beti Holer, por sua responsabilidade nas investigações sobre a atividade dos Estados Unidos no Afeganistão ou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Para o TPI, as punições "constituem uma clara tentativa de minar a independência de uma instituição judicial internacional que opera sob o mandato de 125 Estados Partes em todo o mundo".

Em uma declaração, o governo espanhol demonstrou seu firme apoio ao TPI, "a pedra angular do sistema de justiça criminal internacional", ao mesmo tempo em que enfatizou que seu trabalho é "essencial para a responsabilização pelos crimes mais graves contra a humanidade".

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o TPI recebe seu mandato dos 125 estados-membros do Estatuto de Roma. "Seu trabalho é fundamental para a reparação das vítimas e para a manutenção da paz e da segurança internacionais", afirmou.

Por fim, o governo confirmou que a Espanha continuará a cumprir suas obrigações de acordo com o Estatuto de Roma e o direito internacional, "respeitando e garantindo a jurisdição plena do Tribunal".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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