Os ministros das Relações Exteriores de seis países europeus pedem a Israel que suspenda o bloqueio e permita a entrada de ajuda humanitária.
MADRID, 7 maio (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, juntamente com seus colegas da Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Noruega e Eslovênia, advertiram Israel contra uma presença militar prolongada na Faixa de Gaza, após as últimas decisões do governo de Benjamin Netanyahu a esse respeito, ressaltando que isso significaria "cruzar mais uma linha" e colocaria em risco a solução de dois Estados com a qual todos estão comprometidos.
Em um comunicado conjunto, os seis ministros expressaram sua "grave preocupação com o anúncio do plano de Israel de expandir suas operações militares em Gaza e estabelecer uma presença israelense prolongada na Faixa". "Isso significaria cruzar mais uma linha, marcaria uma nova e perigosa escalada e colocaria em risco qualquer perspectiva de uma solução viável de dois Estados", alertaram.
Cinco dos países signatários, com exceção de Luxemburgo, reconheceram o Estado palestino. Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia o fizeram há um ano, e os três primeiros simultaneamente em 28 de maio de 2024.
De acordo com os ministros, "uma nova escalada militar em Gaza só agravará uma situação já catastrófica para a população civil palestina e colocará em risco a vida dos reféns mantidos em cativeiro". O Hamas e outros grupos armados palestinos ainda mantêm 59 reféns desde o ataque de 7 de outubro de 2023, dos quais acredita-se que 24 ainda estejam vivos.
"Rejeitamos veementemente qualquer mudança demográfica ou territorial em Gaza, incluindo qualquer plano para forçar ou facilitar o deslocamento permanente de sua população, o que seria uma violação do direito internacional", alertaram, ao mesmo tempo em que expressaram sua rejeição à imposição de um sistema de entrega de ajuda humanitária que não garanta o acesso de toda a população.
LEVANTAMENTO DO BLOQUEIO E ENTRADA IMEDIATA DE AJUDA
Depois de lembrar que "Gaza é parte integrante do Estado da Palestina, que pertence ao povo palestino", eles criticaram Israel por ter impedido a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza por mais de dois meses e pediram que o país "suspenda imediatamente o bloqueio".
"É essencial fornecer ajuda a todos os civis necessitados, sem discriminação, e seguir os outros princípios humanitários de imparcialidade, independência e neutralidade", disseram os ministros.
Além de pedir ao governo de Benjamin Netanyahu que demonstre "moderação", eles pediram que "tome todas as medidas necessárias e eficazes para garantir, sem demora, em total cooperação com as Nações Unidas e organizações humanitárias, o fornecimento desimpedido e em larga escala de serviços básicos e assistência humanitária urgentemente necessários".
Por fim, deixaram claro que "o que é necessário mais urgentemente do que nunca é a retomada do cessar-fogo e a libertação incondicional de todos os reféns" e reafirmaram "o apoio inabalável à solução de dois Estados: Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança".
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