Os ministros das Relações Exteriores argumentam que seus objetivos de paz e ajuda humanitária são compartilhados por seus governos.
MADRID, 16 set. (EUROPA PRESS) -
Os ministros das Relações Exteriores da Espanha e de outros 15 países com cidadãos a bordo da Flotilha Global Sumud, que se dirige a Gaza, expressaram sua preocupação com a segurança de seus membros e advertiram Israel contra ataques ou detenções ilegais em águas internacionais.
Em uma declaração conjunta, José Manuel Albares e seus colegas da Turquia, Bangladesh, Brasil, Colômbia, Eslovênia, Indonésia, Irlanda, Líbia, Malásia, Maldivas, México, Omã, Paquistão, Qatar e África do Sul expressaram sua "preocupação com a segurança" da flotilha, "uma iniciativa da sociedade civil que envolve cidadãos de nossos países".
O objetivo reconhecido da flotilha é "entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e aumentar a conscientização sobre as necessidades humanitárias urgentes do povo palestino e a necessidade de parar a guerra em Gaza", lembram os ministros.
Nesse sentido, eles destacam que "esses dois objetivos, a paz e a entrega de ajuda humanitária, juntamente com o respeito ao direito internacional, incluindo o direito humanitário, são compartilhados por nossos governos".
"Portanto, pedimos que se abstenham de qualquer ato ilegal ou violento contra a flotilha e que respeitem o direito internacional e o direito humanitário internacional", pedem, em uma mensagem dirigida essencialmente ao governo de Benjamin Netanyahu, mas sem citar expressamente Israel.
Eles aproveitam a oportunidade para lembrar que "qualquer violação da lei internacional e dos direitos humanos dos participantes da flotilha, incluindo ataques contra os navios em águas internacionais ou detenções ilegais, levará à responsabilização".
Desde que a flotilha deixou o porto de Barcelona no final de agosto, Albares garantiu que a Espanha fornecerá toda a proteção diplomática e consular necessária aos espanhóis a bordo, incluindo a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau.
Os barcos que deixaram Barcelona partiram nas últimas horas da Tunísia, onde relataram ter sido alvo de dois ataques de drones sem consequências pessoais, e estão programados para se encontrar em águas internacionais com outros barcos que partiram da Itália e da Grécia para seguir rumo ao seu destino final, Gaza.
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