BRUXELAS 14 jul. (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, disse na segunda-feira que a Espanha apóia o aumento do acesso humanitário em Gaza, seguindo o pacto entre a União Europeia e Israel para melhorar a situação na Faixa, embora tenha enfatizado que a distribuição de assistência deve obedecer aos princípios humanitários.
Falando de Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores indicou que o Serviço de Ação Externa da UE ainda não divulgou as letras miúdas do acordo, algo que a Alta Representante, Kaja Kallas, deve fazer na reunião dos ministros das Relações Exteriores dos 27 na terça-feira, que terá como foco a crise em Gaza e o futuro das relações com Israel.
"Qualquer coisa que envolva um acordo sobre a entrada de ajuda humanitária, a Espanha obviamente apoiará. No momento, não sabemos todos os detalhes. Queremos saber o grau de implementação no momento, os próximos passos", disse ele.
De qualquer forma, ele enfatizou que o acordo deve ser regido por princípios humanitários e pelo princípio da neutralidade, de modo que a UE e as agências da ONU no local devem ser as únicas a distribuir a assistência humanitária.
Além de tudo isso, "a Europa deve deixar claro o deslocamento forçado da população, o fato de que um cessar-fogo definitivo deve ser alcançado, a libertação incondicional de todos os reféns e o apoio à solução dos Estados", acrescentou Albares, ressaltando que esse acordo não deve prejudicar a posição da UE.
"Este é apenas um aspecto de muitos outros para chegar à situação que a Espanha deseja", defendeu Albares. Na quinta-feira, a UE chegou a um acordo com Israel para que as autoridades hebraicas melhorem a situação humanitária em Gaza e permitam a entrega de ajuda humanitária "em grande escala", um pacto que coincide com o debate sobre possíveis represálias da UE contra Israel, depois que o bloco observou em um relatório as violações dos direitos humanos israelenses em sua ofensiva em Gaza.
Os ministros das Relações Exteriores da UE discutirão a revisão das relações com Israel, com uma série de opções sobre a mesa, incluindo a suspensão do Acordo de Associação ou medidas comerciais retaliatórias, embora os 27 já estejam de olho na implementação do acordo para melhorar o acesso humanitário na Faixa de Gaza.
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