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BRUXELAS 11 dez. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, disse na quinta-feira que não apoiaria nenhum acordo na cúpula dos líderes da União Europeia na próxima semana que envolvesse o financiamento dos gastos militares da Ucrânia nos próximos anos, incluindo o uso de ativos russos congelados na Europa.
Em uma carta para o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à qual a Europa Press teve acesso, Fico reitera sua rejeição a qualquer movimento para manter Kiev na batalha, citando a posição de Bratislava sobre a guerra na Ucrânia e seu apoio aos esforços de paz liderados pelos EUA.
Sem comentar sobre as vantagens, desvantagens ou riscos das soluções propostas pela Comissão Europeia, gostaria de deixar bem claro que, no próximo Conselho Europeu, não estou em posição de apoiar qualquer solução para as necessidades financeiras da Ucrânia que inclua a cobertura das despesas militares do país nos próximos anos", disse o primeiro-ministro eslovaco, uma semana antes de uma cúpula europeia que discutirá o uso de ativos russos congelados para um "empréstimo de reparação".
Fico insistiu, "sem procurar desculpas financeiras ou legais", que a rejeição da iniciativa de Bruxelas se deve à sua "política de paz" em relação à guerra na Ucrânia. "Isso me impede de votar a favor do prolongamento do conflito militar, porque fornecer dezenas de bilhões de euros para despesas militares é prolongar a guerra", diz a carta.
O líder eslovaco também adverte que o uso de ativos russos congelados "poderia prejudicar diretamente os esforços de paz dos EUA", já que Washington está de olho nesses fundos para a reconstrução da Ucrânia.
A cúpula dos líderes da UE, nos dias 18 e 19 de dezembro, deve ser a data para a UE chegar a um consenso sobre o uso da liquidez desses ativos para financiar a Ucrânia nos próximos dois anos. Espera-se que os líderes europeus optem por esse caminho, que exigiria uma maioria qualificada no Conselho em vez de unanimidade entre os chefes de Estado e de governo, de modo que um voto negativo da Hungria ou da Eslováquia não bloquearia a decisão.
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