Publicado 14/04/2025 21:42

Entra em vigor a lei que permite ao governo brasileiro responder às tarifas recíprocas de Trump

8 de abril de 2025, São Paulo, São Paulo, Brasil: SAO PAULO (SP) 08/04/2025 - Evento / Feicon 2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de abertura da Feicon 2025, evento da indústria da construção que será realizado em São Paulo de 8 a 1
Europa Press/Contacto/Andre Pera

MADRID 15 abr. (EUROPA PRESS) -

A Lei de Reciprocidade Comercial que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que impõem barreiras unilaterais a seus produtos no mercado internacional entrou em vigor na segunda-feira.

A iniciativa, que foi sancionada na sexta-feira pelo presidente do país latino-americano, Luiz Inácio Lula da Silva, permite que o governo brasileiro aumente os impostos sobre produtos importados de um país ou bloco econômico que "impactem negativamente a (sua) competitividade internacional" ou "interfiram em (suas) opções legítimas e soberanas".

A nova lei é uma resposta à escalada da guerra comercial desencadeada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e permite que o Brasil desconsidere as diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC) que impedem favorecer ou prejudicar um membro do bloco com tarifas e estabelece que a resposta "na medida do possível" deve ser proporcional ao impacto econômico causado pela outra parte.

O texto já havia passado pelo Congresso, que o aprovou por unanimidade em 2 de abril, coincidindo com a imposição de tarifas de 10% pela Casa Branca, que entraram em vigor três dias depois.

No início deste mês, o governo brasileiro também sugeriu a possibilidade de registrar uma reclamação junto à OMC após tomar conhecimento das novas tarifas, que chegaram a 25% para o aço e o alumínio, levando em conta que o Brasil é o terceiro maior exportador desses metais para os Estados Unidos, de acordo com a Agência Brasil.

Na quarta-feira passada, Lula criticou as políticas de seu colega norte-americano durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em Honduras, onde enfatizou que "as guerras comerciais não têm vencedores".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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