MADRID 7 jun. (EUROPA PRESS) -
O porta-voz parlamentar da Izquierda Unida (IU), Enrique Santiago, advertiu o governo central, do qual seu partido faz parte, que se ele "entrar na espiral brutal do rearmamento" e aceitar a proposta de aumentar os gastos militares para 5% do PIB, "seria praticamente impossível para a Izquierda Unida permanecer em um governo que entra nessa corrida brutal pelo rearmamento", disse ele.
"Nossa posição é clara, como também declararam outras forças da maioria parlamentar. É absolutamente impossível apoiar e fazer parte de um governo que entra nessa loucura sem sentido a fim de fortalecer os interesses de um governo infeliz e perigoso como o governo dos Estados Unidos", afirmou.
Antes de participar da manifestação do meio-dia no centro de Madri contra o rearmamento e a guerra, Santiago disse que o mundo de hoje "está se aproximando do abismo, com sérias ameaças de destruição".
"Estamos contemplando o genocídio do povo palestino com a absoluta passividade da comunidade internacional, que não pode fazer nada para impedi-lo. Na Europa, estamos testemunhando um genocídio interminável, com a ameaça de uma guerra sem fim. Na Europa, estamos testemunhando uma guerra sem fim, que se prolonga a cada dia, com um gasto incessante de armas, e queremos deixar claro que o rearmamento não é uma solução, mas um problema nesse contexto", disse ele.
Santiago ressaltou que as armas são fabricadas para serem usadas em guerras, que o rearmamento de qualquer nação "provoca uma reação em outros países que também entram nessa corrida do rearmamento" e que essa decisão "retira recursos dos gastos sociais, da educação, dos serviços públicos, da saúde e da moradia".
Por esse motivo, o líder do Partido Comunista da Espanha advertiu que eles estarão "muito vigilantes" e lembrou que se opuseram ao aumento dos gastos militares no Conselho de Ministros e estão pedindo que essa questão seja debatida no Congresso dos Deputados, além de incentivar o governo a se opor a atingir 5% do PIB em gastos militares na próxima cúpula da OTAN.
UM NOVO MODELO DE SEGURANÇA
Sobre esse ponto, Santiago enfatizou que a IU lançou uma proposta para abordar um novo modelo de segurança europeu abrangente "que não pode se basear na corrida armamentista, mas na segurança humana, com mais gastos em educação, proteção social e ambiental, prevenção de desastres naturais, segurança energética e investimentos que realmente garantam a vida das pessoas com dignidade".
E um modelo de relações internacionais, continuou o deputado de Sumar, "muito mais colaborativo e multilateralista". "Hoje, mais do que nunca, temos que deixar claro que a OTAN não só não ajuda, não defende, não acaba com os conflitos, mas os aumenta, é um risco. Todas as alianças militares devem desaparecer e a OTAN deve desaparecer", disse ele.
Para Enrique Santiago, "não haveria nada mais estúpido em um momento em que o governo Trump desencadeou uma guerra comercial brutal contra a Europa e ameaça a soberania de países da OTAN como o Canadá ou a Dinamarca do que organizar uma enorme transferência de recursos para suas empresas de armas".
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