MADRID 12 abr. (EUROPA PRESS TELEVISION) -
Especialistas das Nações Unidas advertiram nesta sexta-feira que o comércio mundial pode sofrer uma redução de até 3% como resultado das novas tarifas dos Estados Unidos, embora, a longo prazo, elas possam "remodelar e impulsionar" laços comerciais regionais "ainda inexplorados".
"Acredito que haverá mudanças nas cadeias de suprimentos e uma reavaliação das alianças globais. Também haverá mudanças geopolíticas e econômicas", previu a diretora do International Trade Centre (ITC), Pamela Coke-Hamilton, que incluiu "México, China e Tailândia, mas também países do sul da África" entre os mais afetados, "juntamente com os próprios EUA".
A economista expressou preocupação especial com o aumento das tarifas sobre produtos americanos na China em retaliação e com a situação do México, cujas exportações "já se afastaram de mercados como os EUA, a China, a Europa e outros países latino-americanos para obter ganhos modestos no Canadá, no Brasil e, em menor escala, na Índia".
NEM ESTABILIDADE NEM PREVISIBILIDADE
Nesse contexto, o Coke-Hamilton criticou a pausa de 90 dias na implementação das tarifas dos EUA anunciada pelo presidente Donald Trump, por não beneficiar o comércio global.
"Independentemente de haver ou não uma prorrogação, o fato de não haver estabilidade e previsibilidade afetará o comércio, as empresas e as decisões que estão sendo tomadas em tempo real", argumentou.
"Essa não seria a primeira vez que haveria tremores no sistema econômico global. Vimos isso nos últimos 50 anos em momentos diferentes. Este provavelmente é um pouco mais difícil, um pouco mais instável", disse ele.
Essas declarações foram feitas depois que o magnata anunciou, na quarta-feira, uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas decretadas em 2 de abril a todos os países que iniciaram negociações para resolver suas disputas comerciais e sua substituição temporária por uma taxa de 10%, enquanto aumentava as tarifas da China para 125%.
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