MADRID 19 nov. (EUROPA PRESS) -
O diretor do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS), Edgar José Lama, renunciou em meio a acusações de supostos pagamentos milionários a empresas ligadas à sua família e após a derrota do governo de Daniel Noboa no referendo do último domingo, o que levou a mudanças na liderança de sete pastas.
"Estou encerrando meu ciclo no IESS. Apresentei minha renúncia, convencido de que meu primeiro chamado é cumprir o compromisso que assumi com o presidente Daniel Noboa", disse ele em sua conta na rede social X, onde indicou que está saindo "com a tranquilidade de que os interesses dos membros continuarão a ser vigiados e defendidos".
Na mesma plataforma, ele defendeu que "na esfera pública não se trata de personalidades: um passa, mas o projeto político permanece". "E eu acredito profundamente nesse projeto, em sua ética e em sua direção. Continuarei a contribuir até que todos os objetivos do projeto sejam alcançados", garantiu.
A renúncia de Lama, que ocupava o cargo desde maio deste ano, ocorreu em meio a acusações de supostos pagamentos milionários a empresas ligadas à sua família, de acordo com o jornal equatoriano 'Primicias'. Noboa, que dias atrás ratificou seu apoio a Lama e garantiu que "não havia provas dessas alegações", agora aceitou sua renúncia do cargo.
Na terça-feira, o chefe do executivo equatoriano anunciou um total de sete mudanças em seu gabinete após a derrota no referendo de domingo em quatro de suas propostas, incluindo a reautorização da instalação de bases americanas em território equatoriano.
Em particular, as pastas de Governo, Desenvolvimento Humano, Trabalho, Agricultura, Saúde, Educação e a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos foram afetadas, no que ele defendeu como uma decisão "que busca fortalecer a gestão do governo para atender às necessidades do país".
Os equatorianos foram às urnas no domingo para rejeitar as quatro propostas de Noboa por maioria no referendo. O "não" venceu o retorno das bases estrangeiras (60,65%), a abolição do financiamento público para partidos políticos (58,07%), a redução do número de membros da assembleia (53,47%) e a convocação de uma assembleia constituinte (61,65%).
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