MADRID 22 abr. (EUROPA PRESS) -
O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta terça-feira cortes de pessoal devido à falta de financiamento, afetada em parte pela diminuição dos fundos dos Estados Unidos.
"A recusa dos Estados Unidos em pagar suas contribuições avaliadas para 2024 e 2025, combinada com reduções na assistência ao desenvolvimento de outros países, significa que enfrentamos uma lacuna salarial para o biênio 2026-27 entre US$ 560 milhões e US$ 650 milhões", disse ele durante um discurso aos estados membros.
Ele disse que a "queda repentina na renda" forçou "uma redução em sua força de trabalho". "Há um senso de urgência, mas também queremos ter certeza de que essas reduções são as certas para proteger o trabalho da organização, tanto agora quanto a longo prazo", disse ele.
Especificamente, o número de gerentes seniores na sede será reduzido de 12 para sete, enquanto o número de departamentos será cortado pela metade, de 76 para 34.
Tedros também disse que "todos os escritórios regionais serão afetados em maior ou menor grau" pelos cortes. "Esperamos que os efeitos sejam menores em nível nacional, embora planejemos fechar alguns escritórios em países de renda alta e média que não precisam mais de apoio interno", disse ele.
O diretor geral da OMS enfatizou que tais decisões são "muito dolorosas", mas foram tomadas após "cuidadosa consideração" e após a exploração de "todas as opções". "Não temos outra escolha", argumentou.
Isso ocorre depois que o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou, em meados de abril, cortes de 20% de sua equipe e uma redução de suas operações em até nove países devido à falta de financiamento.
Nas últimas semanas, várias agências da ONU expressaram preocupação com o subfinanciamento generalizado e as consequências dos cortes do presidente dos EUA, Donald Trump.
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