Alejandro Martínez Vélez - Europa Press
MADRID 30 dez. (EUROPA PRESS) -
A ministra da Ciência e secretária-geral do PSPV, Diana Morant, admitiu hoje que confiou em uma pessoa "errada" em referência ao ex-secretário de Organização do PSOE, José Luis Ábalos, que também pode ter roubado o próprio partido.
Foi o que ela disse durante uma entrevista na TVE, captada pela Europa Press, depois de tomar conhecimento do relatório de auditoria encomendado pelo PSOE, no qual as despesas repassadas por Ábalos ao partido aparecem com cardápios infantis ou contas de hotel para membros da família.
A ministra especificou que estava avaliando as informações que lhe foram fornecidas na pergunta porque disse que não tinha conhecimento do relatório, que foi publicado hoje por vários meios de comunicação. No entanto, ela lamentou ter confiado na "pessoa errada", que, segundo ela, poderia ter roubado do próprio partido.
"Há pessoas que se aproveitaram da confiança que lhes foi depositada dentro do partido e se aproveitaram do fato de que provavelmente também roubaram do próprio Partido Socialista", disse.
Quanto ao relatório de auditoria mencionado acima, ela destacou que ele corrobora o que o PSOE já havia dito, ou seja, que não há financiamento ilegal. "Fizemos auditorias externas, também tivemos as auditorias do Tribunal de Contas e, é claro, oferecemos mais uma vez essa garantia ao público de que o Partido Socialista não usou financiamento irregular e isso foi mais uma vez comprovado", disse Diana Morant.
Dito isso, ela passou a atacar o Partido Popular, garantindo que a conclusão dessa auditoria é uma "má notícia" para o partido de Feijóo, que, segundo ela, queria continuar "vendendo" que houve financiamento irregular por parte do PSOE.
A ministra reiterou que há muitas diferenças entre a contundência com que o PSOE aborda essas questões e o PP, que, como ela lembrou, destruiu os discos rígidos do ex-gerente Luis Bárcenas com martelos: "No caso Gürtel, o Partido Popular foi condenado, é o único partido que foi condenado em nosso país, por organização criminosa e financiamento irregular".
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