Publicado 02/07/2025 02:58

Cuba denuncia o memorando de Trump que reforça o bloqueio à ilha como uma violação do direito internacional

Archivo - Arquivo - 23 de setembro de 2022, Nova York, Nova York, Estados Unidos: O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Eduardo Rodriguez Parrilla, participa da reunião ministerial do Grupo dos 77 mais a China na sede da ONU
Europa Press/Contacto/Lev Radin - Archivo

MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -

O governo cubano denunciou nesta terça-feira o memorando anunciado na véspera pelas autoridades dos Estados Unidos que endurece o bloqueio econômico à ilha, no que qualificou como um "documento anticubano" por aumentar a "escassez" de seus cidadãos e uma "política hostil (que) viola o direito internacional".

O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma declaração na qual defendeu o documento "infame" de Washington como uma "reedição e emenda" do que o presidente dos EUA, Donald Trump, fez em junho de 2017, durante seu primeiro mandato.

"Como uma clara expressão do comportamento agressivo e dos propósitos hegemônicos desse país, o texto original e sua reedição atual contemplam um conjunto de medidas destinadas a fortalecer ainda mais o cerco econômico e causar maior escassez ao povo cubano, na tentativa fracassada de tomar o país e governar seu destino", diz a nota.

A pasta diplomática cubana lamentou "a atual escassez e os grandes desafios que a economia cubana enfrenta para sua recuperação, crescimento e desenvolvimento" e denunciou que por trás disso está uma "política hostil (que) viola o direito internacional e numerosas resoluções da ONU".

"Ela pretende basear o uso da coerção econômica como arma de agressão contra um país soberano, com o objetivo de quebrar a vontade política de toda a nação e submetê-la à ditadura hegemônica dos Estados Unidos. Não é por acaso que, desde 1992, a Assembleia Geral da ONU tem pedido quase unanimemente o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro", acrescentou.

Havana também condenou que "os governantes e políticos dos Estados Unidos tenham o descaramento de declarar que estão fazendo isso para o bem do povo cubano", acusando Washington de adotar medidas em relação à ilha sob "os interesses mesquinhos de uma camarilha anticubana e corrupta que fez da agressão contra seu vizinho um modo de vida e um negócio muito lucrativo".

Essas declarações foram feitas depois que o chefe da Casa Branca assinou o Memorando Presidencial de Segurança Nacional (NSPM), para "restaurar e reforçar a forte política cubana do primeiro mandato de Trump", revertendo as medidas de "flexibilização" do ex-presidente Joe Biden.

Entre as medidas impostas está a proibição de "transações financeiras diretas ou indiretas com entidades controladas pelos militares cubanos, como o Grupo de Administración Empresarial S.A. (GAESA) e suas subsidiárias", com exceção daquelas que "promovam os objetivos da política dos EUA".

Por outro lado, a Casa Branca acusou o governo cubano de "abrigar fugitivos da justiça norte-americana e de não atender aos requisitos básicos de uma sociedade livre e justa" e solicitou "um relatório sobre os fugitivos da justiça norte-americana que vivem em Cuba ou são abrigados pelo governo cubano".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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