Publicado 09/05/2025 06:08

Costa enfatiza que a Alemanha é sempre um "parceiro confiável" ao receber Merz em Bruxelas

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebe o novo chanceler alemão, Friedrich Merz, em Bruxelas.
UE/FRANCOIS LENOIR

O novo chanceler defende a criação de um setor de defesa europeu e afirma a unidade em relação à Ucrânia, com "uma ou duas exceções".

BRUXELAS, 9 maio (EUROPA PRESS) -

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, deu esta sexta-feira as boas-vindas simbólicas ao chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, o novo chefe de governo de um país visto como um "parceiro confiável", que já deu sinais de continuidade em questões essenciais no novo contexto regional, como a defesa e o apoio à Ucrânia.

"A Alemanha é, obviamente, um pilar fundamental da nossa união e uma Alemanha é essencial", disse Costa durante uma aparição conjunta na qual evitou fazer comparações entre Merz e seu antecessor na Chancelaria, Olaf Scholz, a não ser para dizer que "um novo líder sempre implica em uma nova energia, novas ideias".

O Presidente do Conselho espera que, sob o comando de Merz, "a Alemanha continue a ser o centro da UE", algo com o qual a Chanceler também se comprometeu. "Todos devem saber que a Alemanha e o novo governo alemão são confiáveis", disse o líder da União Democrata Cristã (CDU).

Merz vê espaço para laços mais estreitos em questões como o mercado comum - "uma história de sucesso" que "precisa ser expandida" atualmente - e o mercado de capitais, enquanto espera que os estados membros "unam forças" para "construir uma indústria de defesa europeia" e "organizar" suas próprias capacidades.

O rearmamento é agora o tema do debate continental na esteira da guerra na Ucrânia, um conflito sobre o qual Merz acredita que é necessário continuar a apoiar Kiev para que se defenda da invasão e, ao mesmo tempo, "continuar a pressionar a Rússia". Nesse sentido, ele advertiu que, se Moscou não avançar em direção a "uma paz duradoura", a UE "não hesitará" em estender os pacotes de sanções.

Merz saudou o fato de que sua posição nessa área é compartilhada pelo resto dos parceiros da UE, com "uma ou duas exceções" que ele preferiu não nomear, e confirmou seu apoio à proposta de cessar-fogo de 30 dias apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com quem ele falou pela primeira vez na tarde de quarta-feira.

O relacionamento com Trump, no entanto, também é marcado por uma guerra tarifária na qual, nas palavras de Merz, "ninguém ganha". O chanceler aplaudiu o acordo comercial selado entre os Estados Unidos e o Reino Unido, mas lembrou que, no caso da UE, a concorrência comercial é comum e, portanto, só pode ser negociada "em conjunto".

CONTROLES DE FRONTEIRA

Por outro lado, ele reiterou que "limitar a migração irregular" será uma das prioridades de sua coalizão, que esta semana já anunciou um endurecimento das fronteiras terrestres para abrir a porta até mesmo para o bloqueio de requerentes de asilo.

"Não se trata de uma emergência nacional", disse Merz sobre esses "controles". Após críticas de alguns governos, ele também destacou que todas essas medidas estão sendo tomadas de acordo com a legislação da UE e após "informar" os países vizinhos.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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