MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
O Conselho de Ministros do Peru aprovou na quarta-feira um aumento salarial para a Presidência do país, atualmente ocupada por Dina Boluarte, que elevará seu salário para mais de 35.500 soles peruanos (quase 8.500 euros) por mês, um aumento de mais de 120% em relação ao valor alocado até agora, que era de 16.000 soles (cerca de 3.820 euros).
"A instituição presidencial e o presidente da República é a função mais alta de um cargo estatal, é a autoridade máxima na hierarquia", disse o primeiro-ministro e presidente do Conselho, Eduardo Arana, em defesa do aumento salarial, para o qual argumentou que existem "funcionários que estão até acima de 60.000 soles (14.320 euros), apenas um juiz supremo ganha muito mais do que o salário de hoje", conforme relatado pela estação de rádio RPP.
Arana ressaltou que essa medida era uma tarefa pendente e que não deveria haver "demagogia ou zombaria" sobre a medida. Nessa linha, ele tentou desviar o foco de Boluarte, indicando que "não se trata de um nome em particular, mas sim do fato de que, a partir de agora, a instituição presidencial, o cargo de Presidente da República, tem direito a um salário de acordo com sua alta responsabilidade e de acordo com a Constituição para as tarefas que desempenha".
A decisão foi tomada depois de comparar o salário em vigor até agora com os recebidos por outros doze presidentes latino-americanos, e também levando em conta os salários ministeriais, de acordo com o ministro da Economia e Finanças, Raúl Pérez Reyes.
"Com base nessa comparação em dólares corrigidos pela paridade do poder de compra e também levando em conta as maiores rendas do poder executivo, basicamente ministros e vice-ministros, também é feita uma projeção de qual seria a posição que alguém acima de um ministro deveria ocupar, que nesse caso seria o Presidente da República", explicou.
O aumento salarial chegou em um momento complicado para Boluarte, que, de acordo com a última pesquisa da empresa de pesquisa Datum, que a própria RPP divulgou em meados de junho, tem apenas 3% de aprovação da população do país andino.
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