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MADRID 17 dez. (EUROPA PRESS) -
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras convocou uma recontagem "voto a voto" dos votos supostamente fraudulentos registrados durante as eleições presidenciais realizadas há mais de quinze dias no país, para finalmente dar um resultado oficial que indique o vencedor.
Apesar das acusações de suposta fraude no Sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais (TREP), o porta-voz do CNE, Marlon Ochoa, indicou que há uma "urgência em avançar" com a recontagem de 19.167 folhas de contagem, das quais 16.839 supostamente apresentam "inconsistências".
Ele explicou que foi registrado um número maior de votos do que os efetivamente registrados no sistema biométrico, de modo que "as somas não coincidem ou faltam assinaturas" que não aparecem. "A confiança no sistema eleitoral não pode ser construída aos poucos, enquanto se espera pelos acordos dos líderes especializados em alterar os registros eleitorais", lamentou.
Ele alertou sobre as possíveis consequências de adicionar "apenas 553 seções eleitorais" à cédula especial, às quais serão adicionadas 1.081 designadas no dia anterior, de acordo com um comunicado à imprensa.
Além disso, ele disse que a medida "não garantirá que a vontade popular do povo hondurenho seja conhecida, o que poderia levar a um falso vencedor" das eleições realizadas em 30 de novembro.
O CNE denunciou as supostas medidas para limitar a revisão das atas de apuração em questão, o que coloca em risco a transparência e o processo eleitoral como um todo. "O CNE não deve permitir que as eleições sejam roubadas", disse Ochoa.
Os dados oficiais publicados até o momento colocam o candidato de extrema-direita Nasry Asfura (Partido Nacional) com 40,52% de vantagem sobre o conservador Salvador Nasralla (Partido Liberal, 39,20%), após 99,4% da contagem de votos ter sido concluída.
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