MADRID 15 set. (EUROPA PRESS) -
O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) propôs nesta segunda-feira a ativação de mecanismos de defesa conjunta após o bombardeio realizado na semana passada por Israel contra uma delegação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na capital do Catar, Doha.
Os líderes do Conselho Supremo do CCG - formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Omã e Catar e Kuwait - "ordenaram que o Conselho Conjunto de Defesa realizasse uma reunião urgente em Doha, precedida por uma reunião do Comitê Militar Superior".
"O objetivo é avaliar a postura de defesa dos Estados membros e as fontes de ameaça diante da agressão israelense contra o Estado irmão do Qatar, e instruir o Comando Militar Unificado a tomar as medidas executivas necessárias para ativar os mecanismos de defesa conjunta e as capacidades de dissuasão", disseram em uma declaração conjunta.
O comando é uma organização intergovernamental sediada em Riad, capital da Arábia Saudita, que supervisiona a Peninsula Shield Force, uma força militar conjunta dos países membros do GCC. Seu objetivo é proteger a segurança dos estados-membros por meio de um sistema de defesa e cooperação militar em face de desafios externos.
CONDENAR OS ATAQUES ISRAELENSES
Depois de se reunirem em uma sessão extraordinária em Doha, eles condenaram "nos termos mais fortes a agressão israelense e a violação da soberania" do Catar, ao mesmo tempo em que expressaram a "total solidariedade" de seus membros com as autoridades do Catar "em todas as medidas tomadas para lidar com a agressão".
Eles enfatizaram que a segurança dos estados do CCG "é indivisível e que qualquer ataque a um deles é um ataque a todos", e expressaram sua disposição de "usar todas as suas capacidades para apoiar o Catar e proteger sua segurança, estabilidade e soberania de qualquer ameaça".
"A brutal agressão israelense contra o estado irmão do Catar constitui uma ameaça direta à segurança conjunta do Golfo e à paz e estabilidade regionais. O Conselho considera que a continuação dessas políticas agressivas prejudica os esforços para alcançar a paz e o futuro dos entendimentos e acordos existentes com Israel, devido às graves repercussões para a estabilidade de toda a região", disseram.
Eles alertaram que "a persistência de Israel em suas práticas criminosas e seu flagrante desrespeito a todas as normas e leis internacionais", que "terão sérias repercussões que ameaçam a paz e a segurança regional e internacional". "Essas ações estabelecem um precedente perigoso que não deve ser ignorado ou permitido que se mantenha sem a imposição de sanções internacionais dissuasivas", concluiu.
O atentado a bomba, que matou cinco membros do grupo palestino e um agente do Catar, foi realizado contra a delegação do Hamas, que se reunia para discutir a mais recente proposta de cessar-fogo do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, um ato que foi classificado como "terrorismo de Estado" pelo primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman al-Thani.
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