BRUXELAS 18 set. (EUROPA PRESS) -
A comissária europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, a liberal belga Hadja Lahbib, disse nesta quinta-feira que "não devemos esperar" por uma decisão judicial que confirme que estão sendo cometidos crimes em Gaza que violam o direito internacional e defendeu o fato de que já existe um relatório de uma comissão independente mandatada pelas Nações Unidas que fala de "genocídio".
Em uma entrevista na rádio pública belga (RTBF), quando perguntada sobre a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, a Comissária destacou as conclusões do relatório que confirma o genocídio, sem responder diretamente se ela acredita que se trata de genocídio.
Até o momento, a Comissão Europeia tem evitado comentar a questão por considerar que "não cabe" à instituição, mas aos tribunais, definir os fatos, segundo uma porta-voz da UE, que recentemente disse que a instituição deveria se distanciar das declarações feitas por Teresa Ribera, a única integrante do Colégio de Comissários que usou o termo "genocídio".
"Dois dias atrás, um relatório de uma comissão de inquérito mandatada pela ONU concluiu claramente que há genocídio em Gaza. O importante em um genocídio é a intenção de cometer genocídio", argumentou a comissária responsável pela ajuda humanitária no Executivo presidido pela conservadora alemã Ursula von der Leyen.
Portanto, continuou ela, o relatório da ONU "é claro, não há lugar seguro em Gaza", onde uma população "faminta e ferida" enfrenta uma ordem de evacuação militar e é "forçada a fugir para o sul sem nenhuma garantia de segurança".
Lahbib argumentou que "não há necessidade de esperar por uma decisão judicial", porque "os crimes estão sendo cometidos, há uma falta de respeito pela lei humanitária internacional e devemos reagir imediatamente".
Ele também confirmou que Israel vem bloqueando a passagem de ajuda humanitária há dois anos e destacou o acordo que seus serviços fizeram em julho com o governo de Benjamin Netanyahu para garantir a entrada de ajuda humanitária e a proteção do pessoal humanitário, em coordenação com a UNICEF.
"Infelizmente, ele não foi suficientemente respeitado e a consequência é a fome e, de acordo com a ONU, a declaração de um genocídio em andamento.
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