MADRID 18 nov. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, assegurou que alguns dos menores que morreram recentemente em operações do exército contra grupos criminosos foram mortos tentando "matar" os soldados, e não sob bombardeio, e enfatizou que eles continuarão a "usar todas as capacidades do Estado".
"Eram menores que estavam tentando matar soldados e policiais. Até agora, neste governo, 369 soldados e policiais foram mortos, e alguns deles foram mortos por combatentes menores de idade", disse o ministro da Defesa em uma entrevista à Caracol Radio.
Sánchez advertiu que, como praticamente todos os grupos armados recrutam menores de idade - principalmente indígenas - é provável que alguns deles sejam mortos em todas as operações militares.
"A probabilidade de que haja menores, combatentes, em um papel de combate contínuo, participando de hostilidades e, portanto, perdendo a proteção que vem de estar envolvido nelas, é alta", disse o ministro.
Sánchez ressaltou que isso depende do grupo armado, mas em alguns casos, como o dos dissidentes das FARC liderados por "Iván Mordisco", a presença de menores está entre 20 e 30%. "O que é certo é que eles estão lá e (...) vimos que eles também estão cometendo atentados terroristas", ressaltou.
Pelo menos 14 menores morreram em operações recentes lançadas pelo exército colombiano contra vários grupos armados, entre eles o grupo dissidente "Ivan Mordisco", cujas posições em Guaviare foram bombardeadas, matando 20 de seus combatentes, incluindo sete adolescentes.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu desculpas pela morte desses menores, mas descartou o cancelamento dessas operações, conforme exigido pela Defensora Pública, Iris Marín. A Procuradoria Geral da República também abriu uma investigação sobre os eventos de 11 de novembro em Guaviare.
No entanto, o Ministro da Defesa defendeu o fato de que esse tipo de operação é necessário e que sempre é realizado com base no direito humanitário internacional. Entretanto, se o "crime contra a humanidade" do recrutamento de crianças não for interrompido, a porcentagem de combatentes adolescentes será ainda maior em alguns anos.
Sánchez também aproveitou a oportunidade para expressar sua gratidão pelo apoio de Petro às forças de segurança colombianas, afirmando que "o presidente está comprometido com a paz porque ela é uma política de Estado, não uma política de governo".
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