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MADRID 15 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo colombiano informou que já há meia centena de ações "terroristas" por parte da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) desde o início da greve armada no domingo, convocada pelo grupo armado em resposta às ameaças contra o país e a região pela administração de Donald Trump.
O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, confirmou que existe "uma ameaça criminosa do cartel do ELN contra o povo colombiano" e questionou um ataque armado convocado "em rejeição a um governo estrangeiro", que acaba "evidentemente (...) ameaçando os mais vulneráveis".
Sánchez destacou que, nas primeiras 24 horas, foram registrados pelo menos 51 eventos relacionados à guerrilha, embora ele tenha enfatizado que 75% deles têm a ver com atos de propaganda, enquanto uma dúzia de incidentes relacionados a explosivos foram registrados.
Houve também um ataque a uma delegacia de polícia no município de Maicao, na região do Caribe, e a um posto de pedágio em Santander, onde um trabalhador ficou levemente ferido por uma moto-bomba. "Todas as capacidades foram mobilizadas e estamos em alerta máximo", disse ele à Caracol Radio.
"Não hesitaremos em agir contra eles", advertiu o ministro da Defesa, que garantiu que várias operações estão sendo realizadas para evitar que mais episódios como esses ocorram nos próximos dias, tendo em vista que a greve armada termina na quarta-feira.
Sánchez assegurou que é seguro viajar pela Colômbia nesses dias, embora tenha pedido extrema cautela e aproveitado a oportunidade para pedir aos grupos armados que parem de causar "tanto dano ao país" e deponham as armas, "caso contrário" o uso total da "força legítima do Estado" será empregado contra eles.
Na sexta-feira passada, o ELN anunciou uma greve armada para esta semana, a quarta até agora em 2025, mas a primeira em nível nacional. Nas primeiras horas da greve, foram registrados incidentes principalmente em departamentos como Santander, Norte de Santander, La Guajira, Sucre e Chocó.
Esse quarto impasse armado ocorre em um dos momentos mais tensos da região nos últimos anos, com um destacamento militar sem precedentes dos EUA na costa da Venezuela, de onde Washington bombardeou dezenas de supostos traficantes de drogas, matando pelo menos 80 pessoas, e atacou um navio petroleiro.
Nos últimos dias, Trump ameaçou seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, de que ele seria "o próximo" a perseguir o presidente venezuelano Nicolás Maduro se ele não reduzisse a produção de cocaína em seu país.
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