Publicado 16/11/2025 09:02

Colômbia confirma à ONU a morte de sete "crianças-soldados" em bombardeio do exército em Guaviare

O escritório colombiano de direitos humanos da ONU identifica crianças como vítimas de recrutamento, mas pede contenção por parte dos militares

Archivo - Arquivo - 12 de maio de 2024, Jamundi, Valle Del Cauca, Colômbia: A polícia e os militares da Colômbia participam do rescaldo de um ataque com granada contra uma delegacia de polícia em Poterito, Jamundi, Colômbia, em 12 de maio de 2024, que não
Europa Press/Contacto/Sebastian Marmolejo

MADRID, 16 nov. (EUROPA PRESS) -

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos recebeu das autoridades colombianas a confirmação da morte de sete crianças recrutadas por dissidentes das FARC durante um bombardeio realizado pelo exército esta semana em Guaviare, no leste do país, contra o grupo rebelde liderado pelo vulgo "Ivan Mordisco".

"Com profunda preocupação, recebemos a confirmação da Defensoria Pública da Colômbia e de seu Instituto de Medicina Legal sobre a morte de três meninos e quatro meninas durante as hostilidades", disse o representante do Alto Comissariado, Scott Campbell, em um post nas redes sociais sobre o bombardeio.

Na nota, o escritório da ONU ressalta que o ataque ocorreu contra um "alvo militar legítimo" e que as sete crianças mortas foram "vítimas de recrutamento por um grupo armado ilegal". Apesar disso, a ONU pede que o governo colombiano "faça todos os esforços necessários para proteger as crianças, em particular para impedir o recrutamento e o uso de crianças menores de 18 anos por grupos armados não estatais".

O escritório de direitos humanos da ONU também pede ao exército que "tome todas as precauções necessárias" durante seus preparativos de inteligência antes e durante as operações "para proteger e evitar a morte de crianças que tenham sido vítimas de recrutamento por grupos armados ilegais".

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou no sábado um caso de força maior para justificar o bombardeio. "Não é um crime de guerra, porque se não for feito, 150 homens bem armados poderiam ter matado 20 soldados que estavam na frente", disse Petro em comentários publicados em sua conta na rede social X.

"Nas 12 ações de bombardeio que ordenei em meu governo, pedi o máximo de inteligência para evitar a morte de menores e fiz isso com base na neutralização dos comandantes dos grupos de narcotraficantes. Minha oferta de paz buscou, acima de tudo, libertar os menores da guerra. Por vários motivos, libertamos 2.411 crianças", lembrou o presidente.

No entanto, "nas selvas de Guaviare, longe de qualquer área povoada e com pouca inteligência", o presidente argumentou que "tinha que preservar, acima de tudo, as vidas dos soldados expostos a uma ação ofensiva letal".

"Na selva, não tínhamos outra maneira de defender a vida dos soldados, e eu pessoalmente tomei a decisão", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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