MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O chefe do gabinete presidencial colombiano, Alfredo Saade, assegurou nesta quinta-feira que as autoridades dos Estados Unidos iniciaram o procedimento para retirar os vistos dos membros do governo latino-americano que faziam parte do grupo guerrilheiro M-19 - do qual o próprio presidente, Gustavo Petro, fazia parte -, no contexto da referência cruzada de seus respectivos representantes diplomáticos para consultas.
"Eles iniciaram um processo contra algumas pessoas que fizeram parte do grupo M-19, que passaram legalmente para a vida civil e que fizeram parte da criação da Constituição Nacional da Colômbia. Entendo que essa decisão é conhecida", declarou ele quando perguntado diretamente sobre o assunto na W Radio, antes de defender que se trata de uma "decisão do governo e que deve ser respeitada".
Nessa linha, Saade destacou que as relações entre os dois países "devem ser construídas com base no respeito" e apoiou o presidente colombiano, enfatizando que ele "tem sido extremamente respeitoso com as nações".
O ministro do Interior, Armando Benedetti, aproveitou a oportunidade para denunciar em sua conta na rede social X que "o procedimento de visto dos EUA não é sério" e que ele "foi vítima dos jogos de" vistos, depois de ter seu visto retirado duas vezes, conforme explicou.
"Comigo brincaram e me usaram, tiraram o visto duas vezes, a primeira foi em novembro de 2017 por uma briga pública e famosa com (o ex-procurador-geral) Néstor Humberto Martínez (...). A segunda vez foi em junho de 2023, também por outra briga pública e famosa com (o ex-ministro das Relações Exteriores) Álvaro Leyva por 'uso indevido do passaporte'", disse ele, assegurando a cada um deles que "ele mesmo se gabou de dizer em toda Bogotá que o havia tirado de mim por causa dele".
Essas declarações foram feitas depois que o Departamento de Estado dos EUA chamou de volta seu encarregado de negócios interino na Embaixada de Bogotá, John T. McNamara, entre outras medidas que serão tomadas, devido a uma série de "declarações infundadas e repreensíveis dos mais altos níveis do governo colombiano".
Em resposta, o presidente colombiano Gustavo Petro convocou seu embaixador em Washington, Daniel García Peña, para consultas, a fim de informá-lo "sobre o desenvolvimento da agenda bilateral", que, de acordo com uma mensagem no X, inclui a cooperação em matéria de meio ambiente, imigração, luta contra o tráfico de drogas e esforços para encontrar uma solução política para as crises na Venezuela, Cuba e Haiti.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático