Publicado 06/05/2025 23:13

Cinco dissidentes venezuelanos que se refugiaram na embaixada argentina em Caracas chegam aos EUA

Archivo - 17 de agosto de 2024, Buenos Aires, Argentina: Um manifestante exibe um cartaz dizendo "Venezuela Livre" durante a manifestação. María Corina Machado realizou uma convocação maciça em 373 cidades do mundo para defender a vontade dos venezuelanos
Europa Press/Contacto/Rosana Alvarez Mullner

Machado aplaude a "impecável e épica operação pela liberdade".

MADRID, 7 maio (EUROPA PRESS) -

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou na terça-feira a chegada aos EUA dos cinco opositores venezuelanos que viviam como refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas desde março de 2024, diante da crescente repressão que precedeu as eleições presidenciais de 28 de julho.

O chefe da diplomacia norte-americana relatou o sucesso da operação, após a qual "todos os reféns estão agora em segurança em solo norte-americano", conforme publicou em seu perfil na rede social X.

Rubio denunciou que "o regime ilegítimo de (Nicolás) Maduro minou as instituições da Venezuela, violou os direitos humanos e colocou em risco" a "segurança regional". Ele também agradeceu ao pessoal envolvido na operação e aos "parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos" por sua participação.

A ARGENTINA E A OPOSIÇÃO VENEZUELANA AGRADECEM PELA OPERAÇÃO

O presidente da Argentina, Javier Milei, acrescentou seus agradecimentos aos envolvidos e "especialmente" a Rubio, "que tornou possível que esses verdadeiros heróis finalmente recuperassem sua liberdade", de acordo com uma declaração divulgada pelo gabinete do presidente argentino.

"Essa ação representa um passo importante na defesa da liberdade na região", disse o governo na mesma publicação, que afirmou que sua prioridade é "conseguir a libertação do gendarme argentino Nahuel Gallo, sequestrado ilegalmente pela ditadura venezuelana". Gallo foi preso e acusado de "ligações com o terrorismo" em dezembro de 2024 pela promotoria venezuelana.

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, também saudou a ação dos EUA, chamando-a de "uma operação impecável e épica para a liberdade de cinco heróis venezuelanos". Ela também deu seu "reconhecimento e infinita gratidão" aos responsáveis pela ação, por meio de uma publicação no X.

A EMBAIXADA ARGENTINA EM CARACAS, "CENTRO DE RECLUSÃO" DOS OPOSITORES

Humberto Villalobos, um dos opositores resgatados, contou em uma entrevista à Europa Press como, em 20 de março de 2024, juntamente com outros cinco colegas, decidiu entrar na embaixada em busca de "proteção" e na esperança de evitar a prisão iminente, em um contexto de crescente repressão que precedeu as eleições presidenciais de 28 de julho.

Um deles, Fernando Martínez Mottola, morreu em prisão domiciliar em fevereiro de 2025, depois de se entregar ao Ministério Público três meses antes. Todos os seis pertenciam ao mesmo partido de María Corina Machado e Edmundo González, Vente Venezuela.

Durante o ano passado, o governo venezuelano estabeleceu vigilância sobre o prédio e limitou o fornecimento de eletricidade e água à embaixada, que está sem nenhuma atividade diplomática desde a suspensão das relações entre Caracas e Buenos Aires após as eleições venezuelanas.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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