Publicado 03/11/2025 08:11

Cientistas da UGR identificam um composto natural que retarda a progressão da doença hepática gordurosa

Sergio López Herrador, pesquisador principal do estudo, durante sua participação no congresso MitoNice.
UGR

GRANADA 3 nov. (EUROPA PRESS) -

Uma equipe formada por pesquisadores da Universidade de Granada (UGR) e do Instituto de Pesquisa Biosanitária ibs.Granada descobriu que o ácido b-resorcílico (b-RA), um composto natural, pode retardar a progressão da doença hepática gordurosa, conhecida como doença hepática gordurosa, associada à disfunção metabólica (Masld), impedindo que ela evolua para complicações graves, como a esteatohepatite (MASH).

A descoberta, testada em modelos experimentais e culturas de células humanas, acaba de ser publicada na revista científica "Pharmacological Research" e está protegida por uma patente internacional, de acordo com um comunicado à imprensa da UGR na segunda-feira.

Os resultados desse trabalho confirmam que o b-RA reduz significativamente o acúmulo de lipídios e a inflamação no fígado, mesmo em casos de obesidade grave e ausência de leptina, um hormônio fundamental na regulação metabólica. Os mecanismos moleculares identificados explicam sua eficácia, atuando diretamente nos hepatócitos humanos.

Para o pesquisador de pré-doutorado e principal autor do estudo, Sergio López Herrador, esses resultados colocam o b-RA "como um candidato promissor para o tratamento de Masld e MASH, com um mecanismo de ação diferente das terapias atuais e um bom perfil de segurança". María Elena Díaz Casado, professora e coautora do estudo, enfatizou que "o fato de ser um composto natural, com disponibilidade e segurança comprovadas, reforça seu potencial translacional".

A relevância dessa descoberta está na alta prevalência de Masld, que afeta centenas de milhões de pessoas em todo o mundo e para a qual existe apenas um tratamento aprovado, com eficácia limitada. O b-RA poderia, portanto, abrir novos caminhos terapêuticos para o tratamento de uma doença metabólica crescente, sem alternativas eficazes.

Essa descoberta está protegida por uma patente internacional da qual os autores participam, garantindo assim os direitos de propriedade intelectual para facilitar sua futura aplicação comercial. A pesquisa foi financiada pela Agencia Estatal de Investigación, dependente do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, e pela Consejería de Universidad, Investigación e Innovación de la Junta de Andalucía, com o apoio da Unidad de Excelencia para el Estudio de los Trastornos del Envejecimiento e da Oficina de Transferencia de Resultados de Investigación de la UGR.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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