Europa Press/Contacto/Lebanese Presidency Office
MADRID 26 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente libanês, Joseph Aoun, e seu colega cipriota, Nikos Christodoulides, assinaram um acordo histórico na quarta-feira no palácio presidencial do Líbano para delinear suas fronteiras marítimas com o objetivo de realizar atividades para a extração de recursos energéticos.
O acordo, que as partes estavam aguardando há duas décadas, foi anunciado pela presidência libanesa. Após a assinatura, durante uma coletiva de imprensa, os líderes dos dois países enfatizaram a importância desse documento para "iniciar explorações" de recursos e "fortalecer sua cooperação".
Aoun aproveitou a oportunidade para agradecer ao seu homólogo e enfatizou que "o respeito pela lei internacional fortalece a amizade entre os Estados". "A geografia mediterrânea nos une, assim como nossa história e futuro compartilhados", disse ele.
Ele disse que esse acordo "abre caminho para a assinatura de acordos bilaterais para facilitar e desenvolver o trabalho das empresas que explorarão o fundo do mar em ambos os países".
Ele também esclareceu que as partes desenvolverão "projetos conjuntos nas áreas de energia e, em particular, energias renováveis, comunicações e turismo, além de questões de segurança e defesa".
"Este acordo não é contra ninguém, não exclui ninguém, nem fecha a porta para qualquer colaboração com um vizinho ou parceiro; pelo contrário, queremos construir pontes com base na cooperação internacional que abranja toda a região", disse ele, enquanto estendia um "convite claro a todos aqueles que desejam colaborar". "Acreditamos que essa é a única maneira de abandonar o caminho da violência, da guerra e da destruição na região", acrescentou.
Essa demarcação de fronteira foi questionada por alguns grupos, como o Movimento Amal xiita e o Hezbollah, partido miliciano. No entanto, o presidente libanês enfatizou que a questão "estava paralisada desde 2007". Em outubro de 2022, o país assinou um acordo com Israel sobre a delimitação da fronteira marítima comum após meses de negociações apoiadas pelos EUA.
"UMA FORTE MENSAGEM POLÍTICA".
Por sua vez, Christodoulides descreveu esse pacto como um acordo de "importância estratégica" e um "ponto de virada" que encerra 20 anos de negociações. "Isso sela nossas relações bilaterais", acrescentou.
"Estamos enviando um forte sinal, uma mensagem política de que o Chipre e o Líbano, com base no direito internacional, podem continuar a investir no fortalecimento do respeito e da confiança mútuos", disse ele.
Ele agradeceu ao seu colega libanês e enfatizou a possibilidade de "pôr fim a uma questão antiga para olhar para o futuro, levando em conta o que os dois países podem criar juntos".
"Isso não teria sido possível sem a vontade política e a determinação do Líbano, nem sem a contribuição do primeiro-ministro libanês Nawaf Salam, do governo e da liderança política", disse ele. "A resolução bem-sucedida das negociações se deve ao trabalho metódico, transparente e de confiança das duas equipes de negociação", disse ele.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático