Pequim pede que os dois países resolvam suas tensões na fronteira por meio do diálogo "o mais rápido possível".
MADRID, 11 jul. (EUROPA PRESS) -
O governo chinês pediu nesta sexta-feira à Tailândia e ao Camboja que resolvam sua disputa de fronteira por meio do diálogo e se ofereceu para desempenhar um papel "construtivo" nesse processo com base em "uma posição imparcial e justa" na disputa entre os dois países, com os quais Pequim mantém boas relações.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com seus homólogos tailandês e cambojano, Maris Sangiampongsa e Park Sojon, respectivamente, durante o dia, a quem transmitiu que ambos os países "são bons vizinhos e amigos da China", de acordo com um comunicado publicado pela pasta diplomática do gigante asiático.
"A China espera que os dois lados se encontrem de boa-fé, resolvam adequadamente a questão por meio de diálogo e consultas amigáveis e avancem para que a situação possa ser desescalonada e estabilizada o mais rápido possível", disse Wang durante sua reunião com o ministro das Relações Exteriores da Tailândia.
"A China está disposta a manter uma posição objetiva e justa e desempenhar um papel construtivo na promoção da coexistência pacífica entre a Tailândia e o Camboja", disse ele, antes de enfatizar durante sua reunião com Sojon que "embora as posições do Camboja e da Tailândia sejam diferentes, ambos devem controlar e acalmar a situação".
Ele disse ao ministro das Relações Exteriores do Camboja que "o Camboja e a Tailândia são vizinhos que não podem se mover". Acredito que eles serão capazes de administrar adequadamente essa questão por meio de uma postura de valorização da paz e de boa vizinhança", disse ele, ao mesmo tempo em que insistiu que "a China manterá uma postura imparcial e justa e atenderá às necessidades das partes, desempenhando um papel construtivo nesse sentido".
As tensões entre os dois países vêm aumentando desde o final de maio, depois que um soldado cambojano foi morto em uma troca de tiros em uma área disputada entre os dois países, o que levou Nom Pen a pedir ao Tribunal Internacional de Justiça (ICJ) que resolvesse a questão, uma posição rejeitada por Bangkok, que pede um acordo bilateral.
A situação levou a Tailândia a fechar as passagens de fronteira com o Camboja para a maioria dos viajantes, inclusive turistas, e até agora as partes não conseguiram chegar a uma solução para sua disputa de fronteira, que remonta à demarcação da fronteira no início do século XX, durante a ocupação francesa da Indochina. A violência já causou quase 30 mortes na área desde 2008.
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