MADRID 10 abr. (EUROPA PRESS) -
As autoridades chinesas destacaram nesta quinta-feira as boas e "importantes" relações com a Espanha e acusaram o governo dos Estados Unidos de "fazer ameaças e chantagear o mundo" em relação à sua nova política tarifária, que gerou inúmeras críticas em nível internacional.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reagiu às palavras proferidas na quarta-feira pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que garantiu que uma aproximação entre o governo espanhol e a China no contexto da guerra comercial seria "como cortar a própria garganta".
Ele destacou que as exportações de produtos espanhóis aumentaram 4,3% no último ano e ressaltou que as empresas do gigante asiático contribuíram para a "cooperação" com a Espanha em questões energéticas e ambientais.
"Os dois países mantêm comunicação em diferentes áreas e fazem parte do sistema internacional, com as Nações Unidas e a Organização Mundial do Comércio (OMC) como pedra angular", disse ele, de acordo com declarações publicadas no jornal on-line chinês The Paper.
Nesse sentido, ele esclareceu que "assim como a China mantém boas relações com outros países, a cooperação com outros Estados ocidentais sempre contribuiu para as respectivas economias desses países e melhorou seus povos".
Além disso, ele destacou que são precisamente os Estados Unidos que "ameaçam sufocar e cortar a garganta de muitos países para forçá-los a fazer concessões" em nível econômico e ceder a uma política de "assédio".
As palavras de Bessent foram proferidas depois que um alto funcionário do governo espanhol colocou sobre a mesa a possibilidade de "alinhar-se" mais estreitamente com a China diante da guerra comercial desencadeada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também está programado para iniciar sua visita oficial à China nesta sexta-feira, onde terá uma reunião com o presidente do gigante asiático, Xi Jinping.
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