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MADRID 25 dez. (EUROPA PRESS) -
As autoridades chinesas acusaram nesta quinta-feira os Estados Unidos de distorcer sua política de defesa em uma tentativa de impedir uma melhora nos laços entre a China e a Índia, após as tensões fronteiriças entre os dois países nos últimos anos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, enfatizou que "a situação atual na fronteira entre a China e a Índia é geralmente estável", antes de sublinhar que "os canais de comunicação entre os dois lados estão funcionando bem", de acordo com o jornal chinês 'Global Times'.
Ele enfatizou que Pequim "se opõe a comentários injustificados sobre essa questão por parte de qualquer país", depois que o Pentágono indicou na terça-feira que a China "provavelmente procura tirar proveito da diminuição das tensões (na fronteira) para estabilizar as relações bilaterais e evitar um aprofundamento dos laços entre os EUA e a Índia".
Os governos indiano e chinês concordaram em outubro em "manter a paz e a estabilidade" na fronteira, apesar das disputas entre as partes, e em aderir a um pacto firmado há um ano que prevê atividades de patrulhamento na área do Vale do Rio Galwan para evitar escaramuças e confrontos.
As tensões entre a China e a Índia giram precisamente em torno do território montanhoso na região norte da Caxemira, bem como de cerca de 60.000 quilômetros quadrados no estado indiano de Arunachal Pradesh, no nordeste do país, que a China considera parte do Tibete. A Linha de Controle Real (LAC), que substitui a fronteira entre os dois países nessa região, passa por Ladaj. A Índia, por sua vez, reivindica o território de Aksai Chin, controlado por Pequim.
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